CLIMA RUIM


Antes ferrenhos defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), membros da bancada mineira no Congresso Nacional têm se queixado nos bastidores que está “tudo difícil demais” no Palácio do Planalto. E que, assim como em outros governos, promessas de andamento de projetos importantes para Minas Gerais estão se perdendo. 

O Estado tem a segunda maior bancada do Parlamento e nem a fidelidade ao presidente gerou resultados efetivos para a população mineira até agora. Um que tem feito críticas é o líder da bancada, Diego Andrade (PSD). Diga-se de passagem que a situação é bem diferente de maio deste ano, por exemplo. 

Na época, a coluna mostrou o clima nada amistoso no grupo de WhatsApp dos deputados eleitos pelo Estado pelo fato de Andrade enviar diversas mensagens e fotos elogiando o presidente, principalmente em relação ao afrouxamento das regras de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. 

Agora, o líder tem até  mesmo incentivado os colegas a pressionar o Executivo em projetos sensíveis para o Estado, como a construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte, Anel Rodoviário de Belo Horizonte e a concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas. A avaliação é de que nada foi feito e Minas tem tido até mesmo prejuízos em relação a outras bancadas. 

Interlocutores contam que está difícil conseguir reuniões com Bolsonaro e o “núcleo duro” do Planalto. “Ele está mais nervoso nas últimas semanas, mas nada justifica não cumprir com o combinado ou pelo menos atender. Quando tudo estava difícil para ele, no auge da pandemia, ele pôde contar com a gente. E agora?”, resumiu uma fonte.