Auxiliares mais próximos de Jair Bolsonaro (PL) estão evitando falar sobre a postura do chefe do Executivo no 7 de setembro. O tema, tido com um dos mais indigestos da campanha, foi discutido durante reunião sobre a campanha pela reeleição de Bolsonaro, realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília.


As alas política e de marketing temem que Bolsonaro utilize de seu discurso mais radical e extremista, podendo arruinar os planos da campanha informa a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. “Hoje a maneira como o presidente vai se comportar na data é descrita como uma ‘incógnita’”, diz a reportagem. 

Ainda de acordo com ela, o PL tem feito pesquisas e constatado que o discurso radical, como de ataque às urnas eletrônicas e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tira votos de Bolsonaro e também afasta o empresariado, que preza por um ambiente mais estável para melhorar os índices econômicos. 

A estratégia do grupo é que Bolsonaro deixe de lado o discurso radical e transforme as manifestações do 7 de setembro em um grande ato de campanha. Mas nos bastidores são poucos os que acreditam que Bolsonaro seguirá as orientações.