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Ao optar por não participar do PNLD 2024, que fornecerá livros para o ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) ainda neste semestre, para serem distribuídos no próximo ano, o governo paulista abriu mão de uma soma aproximada de R$ 120 milhões. Essa cifra refere-se apenas ao material do fundamental 2, de acordo com informações da Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais). Mais de 1,4 milhão de estudantes não receberão os tradicionais livros didáticos impressos no próximo ano, e somando todas as disciplinas, mais de 10 milhões de livros deixarão de ser distribuídos.
Ângelo Xavier, presidente da associação, expressou preocupação e questionou a decisão junto à Secretaria de Educação. Ele apontou que, em 80 anos do programa nacional de livros, esta é a primeira vez que São Paulo fica de fora. "Essa é uma decisão muito grave e de gabinete, sem consulta às escolas", afirmou Xavier. "Não entendemos por que abrir mão do PNLD. Além disso, adotar apenas material didático digital vai na contramão do mundo e de vários estudos, que apontam a menor retenção de aprendizado. Isso também amplia o uso de tela na infância e na adolescência, em um momento em que vemos os prejuízos do uso excessivo de tecnologia".
A Secretaria de Educação foi consultada e respondeu com uma nota: "a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que continua ativa no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a distribuição de livros literários. A Educação de SP possui material didático próprio, alinhado ao currículo do Estado, que é utilizado em suas 5.300 escolas, garantindo a coerência pedagógica. Para os anos iniciais, será adotado o material digital com suporte físico, enquanto para os anos finais e ensino médio, o material será 100% digital. Todas as iniciativas pedagógicas lançadas pela Secretaria têm como base o material próprio, como é o caso do Provão Paulista, que será utilizado como forma de ingresso em 2024 nas universidades públicas do Estado, como a USP e a Unicamp".
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Ângelo Xavier, presidente da associação, expressou preocupação e questionou a decisão junto à Secretaria de Educação. Ele apontou que, em 80 anos do programa nacional de livros, esta é a primeira vez que São Paulo fica de fora. "Essa é uma decisão muito grave e de gabinete, sem consulta às escolas", afirmou Xavier. "Não entendemos por que abrir mão do PNLD. Além disso, adotar apenas material didático digital vai na contramão do mundo e de vários estudos, que apontam a menor retenção de aprendizado. Isso também amplia o uso de tela na infância e na adolescência, em um momento em que vemos os prejuízos do uso excessivo de tecnologia".
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