O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quinta-feira (8) à GloboNews estar comprometido com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e prometeu lealdade “absoluta” a ele: “não há meia lealdade”.

Ao ser anunciado como candidato a vice de Lula, ainda antes da campanha eleitoral, alas do PT e dos setores progressistas criticaram a escolha do ex-tucano, apontando que ele poderia agir em Brasília como agiu Michel Temer (MDB) em relação à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), articulando um golpe nos bastidores para usurpar o poder.

Perguntado sobre qual será seu papel no governo, Alckmin declarou que "quem tem que estar na ribalta é o titular” e que, “sempre que você tem missão difícil, se você puder fazer em dupla, é melhor”. 


Durante a campanha eleitoral, Lula repetiu diversas vezes que seu governo seria uma administração Lula-Alckmin. Ele prometeu que o aliado não seria um vice “decorativo”.

 
Sobre a participação do PT no governo, Alckmin defendeu que a sigla tenha protagonismo, mas destacou ser importante ampliar os espaços para garantir a governabilidade. “Claro que o PT terá participação relevante. De outro lado, terá que ter partidos para participar; o governo vai ser plural”.

Ainda sobre a formação do Ministério, o vice eleito afirmou que o economista Persio Arida, cotado para assumir o Ministério do Planejamento, “já me falou que não tem pretensão pessoal (de ser ministro)”.