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Na próxima terça-feira (7), o Cine Holliúdy, que há quase um ano saiu de cartaz, volta à programação noturna da Globo. Reunidos em uma entrevista coletiva realizada virtualmente na semana passada, elenco, diretores e criadores da série não esconderam a emoção de rever na telinha as histórias de Francisgleydisson da Silva, o Francis, (Edmilson Filho).
Dono de um cinema, ele se vê ameaçado com a chegada da televisão à pequena Pitombas, cidade fictícia no interior do Ceará. Francis enfrenta também desafios para conquistar o coração de Marylin (Letícia Colim), a mocinha da história, filha do prefeito Olegário (Matheus Nachtergaele) e de Maria do Socorro Maciel (Heloísa Périssé).
Para Halder Gomes, que assina a direção ao lado de Patrícia Pedrosa, a reprise provoca “uma alegria medonha”. Segundo ele, diretor também do longa homônimo que deu origem à série, Cine Holliúdy está fazendo uma trajetória única e raríssima no mundo.
CURTA
“Era um curta, virou filme (Cine Holliúdy, 2013), depois veio a sequência (Cine Holliúdy – A chibata sideral, 2018), a série em horário nobre, com sucesso medonho, e, agora, um ano depois de sua estreia, ganha reprise”.
Trazer o programa de volta à grade da emissora um ano depois, tempo muito curto para esse tipo de produção, tem sua justificativa. “É importante nesse momento de tanta tristeza trazer essa obra leve, mas também é importante no sentido da resistência”, afirma Patrícia Pedrosa.
“Francisgleydisson tenta achar maneira possível de manter o cinema dele vivo. A criação é o que nos salva. Em casa, tentamos inovar, estamos resistindo, tentando achar uma nova forma de nos comunicar com o público. Não queremos parar.”
Claudio Paiva, responsável pelo texto em coautoria com Márcio Wilson, concorda com a colega. “Falamos sobre a resistência do sonho em um momento em que o Brasil precisa resistir e continuar sonhando. O brasileiro não pode perder a esperança com esse caos que estamos vivendo, como o Rio na mão da milícia, aquele desastre de Brasília. Tenho observado entre meus amigos e vizinhos como é difícil para todos sustentar o sonho. A desesperança é muito ingrata. Ela quer nos roubar isso. Estamos com medo de tudo.”
A segunda temporada de Cine Holliúdy está escrita, mas não há previsão para início das gravações. “Existem outros produtos que precisam ser filmados, as novelas precisam ser colocadas no ar. Há muitas pessoas reunidas para discutir viabilidades e protocolos”, comenta Patrícia Pedrosa.
A pandemia entra na segunda temporada, no último episódio. “Vamos falar do fim do mundo com a proximidade do Skylab. Era uma ideia antiga do Halder e agora usamos ingredientes da pandemia. Alguns acham que o Skylab é um satelitezinho, outros são contra o fechamento da cidade”, diz Márcio Wilson.
Ele diz ainda que “agora conhecemos muito o elenco, as possibilidades que ele oferece. Na primeira tudo foi um tiro no escuro. Escrevemos a primeira temporada sem elenco”.A personagem de Heloísa Périssé será a prefeita de Pitombas. “Se hoje não é fácil, imagine naquela época (anos 1970) coronéis nordestinos terem que encarar uma mulher”, afirma o roteirista.
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Na próxima terça-feira (7), o Cine Holliúdy, que há quase um ano saiu de cartaz, volta à programação noturna da Globo. Reunidos em uma entrevista coletiva realizada virtualmente na semana passada, elenco, diretores e criadores da série não esconderam a emoção de rever na telinha as histórias de Francisgleydisson da Silva, o Francis, (Edmilson Filho).
Dono de um cinema, ele se vê ameaçado com a chegada da televisão à pequena Pitombas, cidade fictícia no interior do Ceará. Francis enfrenta também desafios para conquistar o coração de Marylin (Letícia Colim), a mocinha da história, filha do prefeito Olegário (Matheus Nachtergaele) e de Maria do Socorro Maciel (Heloísa Périssé).
Para Halder Gomes, que assina a direção ao lado de Patrícia Pedrosa, a reprise provoca “uma alegria medonha”. Segundo ele, diretor também do longa homônimo que deu origem à série, Cine Holliúdy está fazendo uma trajetória única e raríssima no mundo.
CURTA
“Era um curta, virou filme (Cine Holliúdy, 2013), depois veio a sequência (Cine Holliúdy – A chibata sideral, 2018), a série em horário nobre, com sucesso medonho, e, agora, um ano depois de sua estreia, ganha reprise”.
Trazer o programa de volta à grade da emissora um ano depois, tempo muito curto para esse tipo de produção, tem sua justificativa. “É importante nesse momento de tanta tristeza trazer essa obra leve, mas também é importante no sentido da resistência”, afirma Patrícia Pedrosa.
“Francisgleydisson tenta achar maneira possível de manter o cinema dele vivo. A criação é o que nos salva. Em casa, tentamos inovar, estamos resistindo, tentando achar uma nova forma de nos comunicar com o público. Não queremos parar.”
Claudio Paiva, responsável pelo texto em coautoria com Márcio Wilson, concorda com a colega. “Falamos sobre a resistência do sonho em um momento em que o Brasil precisa resistir e continuar sonhando. O brasileiro não pode perder a esperança com esse caos que estamos vivendo, como o Rio na mão da milícia, aquele desastre de Brasília. Tenho observado entre meus amigos e vizinhos como é difícil para todos sustentar o sonho. A desesperança é muito ingrata. Ela quer nos roubar isso. Estamos com medo de tudo.”
A segunda temporada de Cine Holliúdy está escrita, mas não há previsão para início das gravações. “Existem outros produtos que precisam ser filmados, as novelas precisam ser colocadas no ar. Há muitas pessoas reunidas para discutir viabilidades e protocolos”, comenta Patrícia Pedrosa.
A pandemia entra na segunda temporada, no último episódio. “Vamos falar do fim do mundo com a proximidade do Skylab. Era uma ideia antiga do Halder e agora usamos ingredientes da pandemia. Alguns acham que o Skylab é um satelitezinho, outros são contra o fechamento da cidade”, diz Márcio Wilson.
Ele diz ainda que “agora conhecemos muito o elenco, as possibilidades que ele oferece. Na primeira tudo foi um tiro no escuro. Escrevemos a primeira temporada sem elenco”.A personagem de Heloísa Périssé será a prefeita de Pitombas. “Se hoje não é fácil, imagine naquela época (anos 1970) coronéis nordestinos terem que encarar uma mulher”, afirma o roteirista.