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"Sei que parece estranho; mas simples não é pra ser".
Assim o cantor, guitarrista e compositor Samuel Rosa canta, na primeira estrofe, no novo álbum ,após 30 anos de dedicação exclusiva ao Skank. Para quem é fã dele e da banda, ele explica. " Sei que até pode demorar um pouco. Mas a gente com certeza vai se acostumar".
Um dos trechos da música parecem recato para os fãs da banda."É um disco em que ele diz ter rechaçado temas fora de seu universo íntimo – e que, portanto, “não poderia ter outro título”, resume Samuel.
“Depois de mais de 30 anos de Skank, a rédea está finalmente na minha mão. Só tenho mais um quarto de vida pela frente, não dá mais, essa é a hora”, dramatiza o mineiro de 57 anos, meio de brincadeira, meio a sério.
“Rosa”, porém, vai além de elaborações sobre o fim do grupo com Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria), anunciado em 2019 e concretizado em 2023 após longa e emocionante turnê de despedida. No novo disco, Samuel tematiza o final de um longo casamento (com Ângela Castanheira, com quem teve dois filhos, Juliano e Ana) e o início de outro (com Laura Sarkovas, mãe de sua filha Ava, de 3 meses de idade). Antes travado para tratar de sua intimidade, ele agora busca se abrir.
“As músicas ‘Palma da mão’ e ‘Rio dentro do mar’, por exemplo, fiz para a Laura. Resolvi escrever sobre mim, sobre coisas que vivi e que percebo, cotidianas e comuns a várias pessoas”, disse o músico.
Com 10 faixas , e uma turnê de apresentação, o novo projeto conta com o single “Segue o Jogo” como faixa principal. Apesar de falar sobre separação, a música não necessariamente é sobre a saída do Skank, explica o artista.
“Eu sei que até pode parecer loucuraOu um erro meuMas é assim que será
Sei que até pode demorar um poucoMas a gente com certeza vai se acostumar
Você prum lado, eu pro outroTá tudo certo segue o jogo”
Quem lê, ou escuta esses trechos da música, de forma imediata, já pode associar como um recado à recente separação da banda. Porém, em entrevista ao Hoje em Dia, o vocalista informou que a analogia pode até ser feita, mas não foi a ideia criativa da música. “Poderia ser, eu falo de rupturas e mortes, fim de ciclo e renascimento. Porém, não foi especificamente pro Skank que eu fiz, até porque poderia ser metaforicamente falando de um casal, eu estou falando ali de um casal, e eu falo de forma genérica”.
Para Samuel, na verdade, a música é uma forma de ajudar as pessoas a lidarem com o fim de relacionamentos ou ciclos. Mostrar como essas situações são corriqueiras na nossa rotina. “A minha intenção era ali, através das palavras, colocar o final de relacionamento num lugar que ele deve ocupar, que é de ser uma coisa cotidiana, corriqueira, que acontece com todo mundo. Acontece com você, comigo, seja com o seu trabalho, seja na relação amorosa, a relação de amizade, qualquer coisa. O fim é cotidiano, é corriqueiro de tudo”.
Novo projeto
Intitulado “Rosas”, o primeiro projeto solo da carreira do Samuel Rosa após 30 anos com o Skank, tem 10 faixas e conta com os singles “Me dê Você”, “Ciranda Seca”, “Não Tenha Dó” e “Segue o Jogo”. Para promover as novas canções, o artista mineiro está em turnê desde essa quinta-feira (27). A previsão é que em agosto ele venha a Belo Horizonte fazer o primeiro show desta nova etapa.
“Frio na barriga, né? Sensação assim de ansiedade pra ver como as pessoas vão receber o meu trabalho. Agora é um outro jeito, né? Muito diferente, uma banda nova, um jeito novo de compor, enfim. Tudo um pouco diferente”, disse o artista
Para esta nova etapa de vida, Samuel não pretende romper com o estilo clássico, mas quer apresentar o seu no “eu”. “É um novo Samuel, mas ele não está, vamos dizer, ostensivo a tudo que estou fazendo. Ele aparece em alguns momentos, em algumas diferenças e tal. Num momento em que ele não aparece, aí é o Samuel de sempre mesmo”.
Adepto ao música e violão, os shows seguirão o mesmo padrão dos últimos 30 anos, sem grandes pirotecnias e audiovisual. “O visual é coadjuvante. O que vale mesmo é o que eu estou cantando ali, as músicas que eu estou cantando. Não vai ter nem fumacinha, nem papel picado e nem projeção de telão, isso eu garanto. Então as pessoas vão ficar mesmo com a música como era mais ou menos a característica do Skank”.
Saída do Skank
Essa será a primeira vez, em 30 anos, que Samuel irá lançar um novo projeto fora do Skank. A saída foi algo natural e não por questões de limitações dentro do projeto.
“Não saí do Skank pra fazer algo que no Skank não coubesse, até porque o Skank teve várias facetas ao longo do ano. Eu acho que a gente cumpriu bem esse ciclo, que se encerrou naturalmente”, disse o vocalista.
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"Sei que parece estranho; mas simples não é pra ser".
Assim o cantor, guitarrista e compositor Samuel Rosa canta, na primeira estrofe, no novo álbum ,após 30 anos de dedicação exclusiva ao Skank. Para quem é fã dele e da banda, ele explica. " Sei que até pode demorar um pouco. Mas a gente com certeza vai se acostumar".
Um dos trechos da música parecem recato para os fãs da banda."É um disco em que ele diz ter rechaçado temas fora de seu universo íntimo – e que, portanto, “não poderia ter outro título”, resume Samuel.
“Depois de mais de 30 anos de Skank, a rédea está finalmente na minha mão. Só tenho mais um quarto de vida pela frente, não dá mais, essa é a hora”, dramatiza o mineiro de 57 anos, meio de brincadeira, meio a sério.
“Rosa”, porém, vai além de elaborações sobre o fim do grupo com Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria), anunciado em 2019 e concretizado em 2023 após longa e emocionante turnê de despedida. No novo disco, Samuel tematiza o final de um longo casamento (com Ângela Castanheira, com quem teve dois filhos, Juliano e Ana) e o início de outro (com Laura Sarkovas, mãe de sua filha Ava, de 3 meses de idade). Antes travado para tratar de sua intimidade, ele agora busca se abrir.
“As músicas ‘Palma da mão’ e ‘Rio dentro do mar’, por exemplo, fiz para a Laura. Resolvi escrever sobre mim, sobre coisas que vivi e que percebo, cotidianas e comuns a várias pessoas”, disse o músico.
Com 10 faixas , e uma turnê de apresentação, o novo projeto conta com o single “Segue o Jogo” como faixa principal. Apesar de falar sobre separação, a música não necessariamente é sobre a saída do Skank, explica o artista.
“Eu sei que até pode parecer loucuraOu um erro meuMas é assim que será
Sei que até pode demorar um poucoMas a gente com certeza vai se acostumar
Você prum lado, eu pro outroTá tudo certo segue o jogo”
Quem lê, ou escuta esses trechos da música, de forma imediata, já pode associar como um recado à recente separação da banda. Porém, em entrevista ao Hoje em Dia, o vocalista informou que a analogia pode até ser feita, mas não foi a ideia criativa da música. “Poderia ser, eu falo de rupturas e mortes, fim de ciclo e renascimento. Porém, não foi especificamente pro Skank que eu fiz, até porque poderia ser metaforicamente falando de um casal, eu estou falando ali de um casal, e eu falo de forma genérica”.
Para Samuel, na verdade, a música é uma forma de ajudar as pessoas a lidarem com o fim de relacionamentos ou ciclos. Mostrar como essas situações são corriqueiras na nossa rotina. “A minha intenção era ali, através das palavras, colocar o final de relacionamento num lugar que ele deve ocupar, que é de ser uma coisa cotidiana, corriqueira, que acontece com todo mundo. Acontece com você, comigo, seja com o seu trabalho, seja na relação amorosa, a relação de amizade, qualquer coisa. O fim é cotidiano, é corriqueiro de tudo”.
Novo projeto
Intitulado “Rosas”, o primeiro projeto solo da carreira do Samuel Rosa após 30 anos com o Skank, tem 10 faixas e conta com os singles “Me dê Você”, “Ciranda Seca”, “Não Tenha Dó” e “Segue o Jogo”. Para promover as novas canções, o artista mineiro está em turnê desde essa quinta-feira (27). A previsão é que em agosto ele venha a Belo Horizonte fazer o primeiro show desta nova etapa.
“Frio na barriga, né? Sensação assim de ansiedade pra ver como as pessoas vão receber o meu trabalho. Agora é um outro jeito, né? Muito diferente, uma banda nova, um jeito novo de compor, enfim. Tudo um pouco diferente”, disse o artista
Para esta nova etapa de vida, Samuel não pretende romper com o estilo clássico, mas quer apresentar o seu no “eu”. “É um novo Samuel, mas ele não está, vamos dizer, ostensivo a tudo que estou fazendo. Ele aparece em alguns momentos, em algumas diferenças e tal. Num momento em que ele não aparece, aí é o Samuel de sempre mesmo”.
Adepto ao música e violão, os shows seguirão o mesmo padrão dos últimos 30 anos, sem grandes pirotecnias e audiovisual. “O visual é coadjuvante. O que vale mesmo é o que eu estou cantando ali, as músicas que eu estou cantando. Não vai ter nem fumacinha, nem papel picado e nem projeção de telão, isso eu garanto. Então as pessoas vão ficar mesmo com a música como era mais ou menos a característica do Skank”.
Saída do Skank
Essa será a primeira vez, em 30 anos, que Samuel irá lançar um novo projeto fora do Skank. A saída foi algo natural e não por questões de limitações dentro do projeto.
“Não saí do Skank pra fazer algo que no Skank não coubesse, até porque o Skank teve várias facetas ao longo do ano. Eu acho que a gente cumpriu bem esse ciclo, que se encerrou naturalmente”, disse o vocalista.