"A ÚLTIMA SESSÃO DE MÚSICA"

Começou em altíssima rotação o derradeiro show de Milton Nascimento no Mineirão. A última sessão de música, que encerra na noite deste domingo (13/11) a trajetória do cantor e compositor mineiro nos palcos teve início bem antes de ele subir ao palco.


O público de 55 mil pessoas que domina o estádio cantou com Gal Costa vários de seus sucessos: "Dê um rolê", "Pérola negra" e "Paula e Bebeto" evocaram nas caixas de som em uma homenagem à cantora morte na última quarta-feira (9/11) aos 77 anos.


Uma fotografia dele abraçada a Milton foi exposta nos dois telões desde a tarde deste domingo. 

Na entrada do estádio, o público recebeu um cartaz com os dizeres “Obrigado, Bituca”. O show deste domingo é o trigésimo sétimo de uma temporada iniciada em junho, no Rio de Janeiro.

Milton no início do show no Mineirão, com figurino assinado por Ronaldo Fraga(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


"Me considero o mais mineiro dos cariocas”, afirmou Milton em vídeo que abriu o show, às 19h. Na apresentação, Bituca - “que é como gosto de ser chamado” - repassa sua trajetória.

Fala de amigos, dos parceiros e do Clube da Esquina. “Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro”, disse ele, quando foi ovacionado pela plateia.
 
"Este show é dedicado à minha querida Gal Costa", disse, Milton, após interpretar "Ponta de Areia" e na primeira vez em que se dirigiu ao púbico.  
 

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José Ibarra fez o show de abertura de "A última sessão de música"

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

“Agora eu sou eu”, diz Milton, depois de retirarem o manto e, de boina e óculos escuros, ele falar do “amor da minha vida”. Referia-se a Elis Regina, que gravou (e eternizou) "Canção do sal" e "Morro velho", as músicas do início de carreira que marcam o começo do show.


Zé Ibarra, que fez o show de abertura, dividiu com Milton outra canção do grupo primeira fase de sua carreira, “Outubro”.


Surpresas foram prometidas para o último show. A primeira apareceu na primeira meia hora da apresentação. Milton cantou "Amor de índio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, canção que não integra o repertório oficial da turnê.

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Cerca de 55 mil pessoas acompanham a última sessão de música, que encerra na noite deste domingo (13/11) a trajetória do cantor e compositor mineiro nos palcos.

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

 

Milton citou o reconhecimento do disco "Clube da esquina" e anunciou a presença no palco de Toninho Horta, Wagner Tiso, Beto Guedes e Lô Borges. Contendo com alguma dificuldade o choro, Bituca cantou com o quarteto "Canção da América".


A plateia acompanhou iluminando o estádio com luzes verdes e lanternas de celulares, num dos momentos mais emocionantes da noite. 


Outra canção que foi incluída somente no repertório desta noite, "Um girassol da cor do seu cabelo" foi executada por Lô, Toninho, Wagner e Beto, provocando comoção no público, que cantou junto e aplaudiu com vontade.


Milton está muito emocionado. Ao final de cada canção, ele permanece quieto. Já sem os convidados no palco, cantou sozinho "Cais". A plateia também está emocionada e entoa "Bituca, eu te amo!". 


Depois de um set mais emotivo, "Tudo o que você podia ser" levanta a plateia no Mineirão. Diretor musical e arranjador do show, Wilson Lopes fez um solo de guitarra que introduziu "San Vicente", interpretada por Zé Ibarra.
 
“Clube da esquina 2” leva Milton a reger a plateia, enfatizando o verso “gente, gente, gente”. Na sequência, uma homenagem à sua mãe, Lília, que dá nome ao tema instrumental que Milton acompanha com vocalise. 

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Milton recebe no palco Lô Borges, Toninho Horta, Beto Guedes e Wagner Tiso

(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

Mais um momento de grande encontro com o público: "Fé cega, faca amolada" é cantada em todos os cantos do Mineirão. O momento se completa com "Paula e Bebeto". Na sequência, Milton anuncia "uma pequena homenagem a Mercedes Sosa". 


Zé Ibarra fez a parte de "Volver a los 17" na canção musicada do poema de Violeta Parra.

 
Milton convida Samuel Rosa ao palco, e o vocalista do Skank diz: "Eu já achava um baita privilégio habitar a Terra ao mesmo tempo em que esse gênio" e ressalta o privilégio de adicional de dividir o palco com ele, diante de "60 mil pessoas".

"Sua música está em movimento, sua música é pra sempre,sua música transforma as pessoas e o país. Obrigado, Bituca. Obrigado por existir", disse Samuel, antes de os dois cantarem juntos "O trem azul", de Lô Borges e Ronaldo Bastos, outra canção incluída somente neste show da turnê.

Samuel convidou Bituca a "ouvir o Mineirão lotado" e deixou a plateia cantar o refrão. E conclui: "Bituca na cabeça de todos nós para sempre!". 

Duas canções de Tavinho Moura a partir do folclore levam o público a dançar juntinho: "Cálix Bento", "Peixinhos do mar". Ao final, o medley foi encerrado com "Cuitelinho".