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Ainda que o recurso esteja disponível há uma década, a explosão da transmissão via streaming, a hoje popularíssima live, durante a quarentena decorrente da pandemia do coronavírus, é um fenômeno que tem no Brasil seu principal mercado. Lives vêm ocorrendo aos milhares em todos os cantos em diferentes plataformas e redes sociais – música, cinema, artes cênicas, exercício físico, culinária, palestras, aulas, debates de toda natureza.
FERRAMENTA
Mas na música, especificamente, o Brasil soube se apropriar dessa ferramenta como ninguém. Seja pela imensa popularidade dos artistas, e por eles, antes de outros segmentos, terem descoberto o filão, os sertanejos dominam o ranking mundial de transmissões ao vivo do YouTube.
Das 10 lives com maior audiência, não só neste período de pandemia, mas de toda a trajetória da plataforma, sete são de sertanejos. E Marília Mendonça, que encabeça a lista, também aparece em oitavo lugar com uma segunda live, realizada em maio.
Passados dois meses e meio do início do período do isolamento social, ainda são do mês de abril as cinco maiores audiências. Dos brasileiros, somente Sandy & Júnior (quinto colocados) não fazem parte da seara sertaneja (ainda que ela esteja na gênese da dupla). Só há dois nomes internacionais: o tenor italiano Andrea Bocelli (terceiro colocado) e o grupo pop sul-coreano BTS (sétimo colocado).
“Os números estão aumentando fora, mas o fenômeno é no Brasil”, comenta Sandra Jimenez, diretora de parcerias musicais do YouTube para a América Latina. “Claro que precisamos aprofundar nossa percepção do porquê do fenômeno, mas acho que, primeiro, porque o brasileiro adora música. Outro fator que a gente vem observando é o da conexão com o artista preferido. Através da live, o fã está entrando na casa do artista, tendo uma relação de intimidade. E há ainda a conexão via redes sociais, comunidades, quais as músicas que se quer ouvir. O artista interage no YouTube, no Twitter, e assim você gera um buzz (ação de marketing viral) antes, durante e depois da live, o que faz com que haja volumes enormes de audiência.”
A audiência divulgada pela empresa YouTube refere-se ao pico de visualizações, ou seja, “quantas pessoas assistiram à live ao mesmo tempo”, diz Sandra. Isso não quer dizer, obviamente, que os milhões de pessoas ficaram conectados naquela transmissão durante todo o tempo em que ela foi realizada.
“Os donos de cada canal (os artistas) têm ferramentas de relatórios muito poderosas, sabem o que aconteceu segundo a segundo”, Sandra explica. Os números finais são disponibilizados para cada canal 48 horas após cada live. Estes, ela conta, são confidenciais – por exemplo, a média de quanto tempo de visualização por tipo de equipamento. “Normalmente, quem assiste via televisão fica conectado mais tempo do que a pessoa que está no celular, que vai e volta muitas vezes. Há pessoas que acessam no tempo real, outras aguardam dois dias para assistir.”
E live, vale dizer, qualquer um pode fazer, desde que tenha mais de mil assinantes em seu canal – a plataforma disponibiliza tutoriais para sua realização. Sandra conta que não houve mudanças estruturais na plataforma por causa da pandemia. “O que sentimos foi a necessidade de treinamento para todos os pontos da cadeia fonográfica.”
Já nas primeiras semanas do isolamento social, cerca de mil profissionais do meio – ligados a gravadoras, distribuidoras, escritórios de artistas, produtoras, editoras – fizeram um curso on-line promovido pelo YouTube. “No treinamento, passamos detalhes técnicos, como qual velocidade o vídeo tem que ter, a banda larga, o mínimo de uma estrutura para uma boa live. Não mudamos regra nenhuma”, ela admite.
Propriedade intelectual e publicidade foram responsáveis para que a plataforma tirasse conteúdo do ar, ainda na fase inicial da quarentena. “O YouTube é só o meio. Se o detentor do direito aplica a propriedade dele no conteúdo, nós tiramos”, ela explica. A plataforma tem um sistema que identifica se a propriedade intelectual de alguém está sendo utilizada sem autorização. Os donos dos direitos são avisados e, caso não autorizem, solicitam que o material saia do ar.
Já o uso da publicidade é liberado, desde que seguindo as regras. Os canais não podem veicular inserções publicitárias nos mesmos moldes daquelas vendidas pela plataforma (como os comerciais que entram antes das transmissões). Foi isso que “derrubou” a live da dupla César Menotti & Fabiano, em abril.
PARCERIAS
“Independentemente de ser de música ou não, os canais fecham parcerias diretamente com as marcas. Não há qualquer porcentagem nossa nesta negociação direta, mas a nossa área de vendas tem a possibilidade de comercializar os eventos, como acontece com os vídeos que entram antes das transmissões”, explica Sandra.
Ainda que os sertanejos dominem os recordes de audiência, outros segmentos da música popular vêm alcançando feitos nesta temporada de lives. O sambista Péricles conseguiu 887 mil visualizações simultâneas em uma transmissão realizada em abril, além de 600 mil novos inscritos para o Canal do Periclão.
O rapper Emicida, com uma live que durou oito horas no início de maio, arrecadou cerca de R$ 800 mil durante o evento para a iniciativa Mães da Favela. Já o DJ de funk Dennis tem feito transmissões antes ou depois dos sertanejos, uma espécie de esquenta ou after para as lives principais. Isso vem lhe rendendo bons números: sua primeira live atingiu 400 mil visualizações simultâneas.
Com o boom das transmissões, dá para pensar em como vai ser pós-pandemia? “Acreditamos que elas vão continuar e conviver com o retorno dos concertos. Tem muita cidade que está fora do circuito de shows. Além disso, os artistas se deram conta de que live é uma forma de eles terem receita. Acabamos de entrar no terceiro mês da quarentena, então nos próximos dois, três meses, as lives continuarão mais fortes”, conclui Sandra.
TOP 10 DO YOUTUBE
1 – Marília Mendonça (Brasil)
8 de abril: 3,31 milhões
2 – Jorge & Mateus (Brasil)
4 de abril: 3,24 milhões
3 – Andrea Bocelli (Itália)
12 de abril: 2,86 milhões
4 – Gusttavo Lima (Brasil)
11 de abril: 2,77 milhões
5 – Sandy & Júnior (Brasil)
21 de abril: 2,55 milhões
6 – Leonardo (Brasil)
1º de maio: 2,52 milhões
7 – BTS (Coreia do Sul)
8 de abril: 2,31 milhões
8 – Marília Mendonça (Brasil)
9 de maio: 2,21 milhões
9 – Henrique & Juliano (Brasil)
19 de abril: 2,06 milhões
10 – Bruno e Marrone (Brasil)
16 de maio: 2,05 milhões
. Os dados se referem ao pico de visualizações
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Ainda que o recurso esteja disponível há uma década, a explosão da transmissão via streaming, a hoje popularíssima live, durante a quarentena decorrente da pandemia do coronavírus, é um fenômeno que tem no Brasil seu principal mercado. Lives vêm ocorrendo aos milhares em todos os cantos em diferentes plataformas e redes sociais – música, cinema, artes cênicas, exercício físico, culinária, palestras, aulas, debates de toda natureza.
FERRAMENTA
Mas na música, especificamente, o Brasil soube se apropriar dessa ferramenta como ninguém. Seja pela imensa popularidade dos artistas, e por eles, antes de outros segmentos, terem descoberto o filão, os sertanejos dominam o ranking mundial de transmissões ao vivo do YouTube.
Das 10 lives com maior audiência, não só neste período de pandemia, mas de toda a trajetória da plataforma, sete são de sertanejos. E Marília Mendonça, que encabeça a lista, também aparece em oitavo lugar com uma segunda live, realizada em maio.
Passados dois meses e meio do início do período do isolamento social, ainda são do mês de abril as cinco maiores audiências. Dos brasileiros, somente Sandy & Júnior (quinto colocados) não fazem parte da seara sertaneja (ainda que ela esteja na gênese da dupla). Só há dois nomes internacionais: o tenor italiano Andrea Bocelli (terceiro colocado) e o grupo pop sul-coreano BTS (sétimo colocado).
“Os números estão aumentando fora, mas o fenômeno é no Brasil”, comenta Sandra Jimenez, diretora de parcerias musicais do YouTube para a América Latina. “Claro que precisamos aprofundar nossa percepção do porquê do fenômeno, mas acho que, primeiro, porque o brasileiro adora música. Outro fator que a gente vem observando é o da conexão com o artista preferido. Através da live, o fã está entrando na casa do artista, tendo uma relação de intimidade. E há ainda a conexão via redes sociais, comunidades, quais as músicas que se quer ouvir. O artista interage no YouTube, no Twitter, e assim você gera um buzz (ação de marketing viral) antes, durante e depois da live, o que faz com que haja volumes enormes de audiência.”
A audiência divulgada pela empresa YouTube refere-se ao pico de visualizações, ou seja, “quantas pessoas assistiram à live ao mesmo tempo”, diz Sandra. Isso não quer dizer, obviamente, que os milhões de pessoas ficaram conectados naquela transmissão durante todo o tempo em que ela foi realizada.
“Os donos de cada canal (os artistas) têm ferramentas de relatórios muito poderosas, sabem o que aconteceu segundo a segundo”, Sandra explica. Os números finais são disponibilizados para cada canal 48 horas após cada live. Estes, ela conta, são confidenciais – por exemplo, a média de quanto tempo de visualização por tipo de equipamento. “Normalmente, quem assiste via televisão fica conectado mais tempo do que a pessoa que está no celular, que vai e volta muitas vezes. Há pessoas que acessam no tempo real, outras aguardam dois dias para assistir.”
E live, vale dizer, qualquer um pode fazer, desde que tenha mais de mil assinantes em seu canal – a plataforma disponibiliza tutoriais para sua realização. Sandra conta que não houve mudanças estruturais na plataforma por causa da pandemia. “O que sentimos foi a necessidade de treinamento para todos os pontos da cadeia fonográfica.”
Já nas primeiras semanas do isolamento social, cerca de mil profissionais do meio – ligados a gravadoras, distribuidoras, escritórios de artistas, produtoras, editoras – fizeram um curso on-line promovido pelo YouTube. “No treinamento, passamos detalhes técnicos, como qual velocidade o vídeo tem que ter, a banda larga, o mínimo de uma estrutura para uma boa live. Não mudamos regra nenhuma”, ela admite.
Propriedade intelectual e publicidade foram responsáveis para que a plataforma tirasse conteúdo do ar, ainda na fase inicial da quarentena. “O YouTube é só o meio. Se o detentor do direito aplica a propriedade dele no conteúdo, nós tiramos”, ela explica. A plataforma tem um sistema que identifica se a propriedade intelectual de alguém está sendo utilizada sem autorização. Os donos dos direitos são avisados e, caso não autorizem, solicitam que o material saia do ar.
Já o uso da publicidade é liberado, desde que seguindo as regras. Os canais não podem veicular inserções publicitárias nos mesmos moldes daquelas vendidas pela plataforma (como os comerciais que entram antes das transmissões). Foi isso que “derrubou” a live da dupla César Menotti & Fabiano, em abril.
PARCERIAS
“Independentemente de ser de música ou não, os canais fecham parcerias diretamente com as marcas. Não há qualquer porcentagem nossa nesta negociação direta, mas a nossa área de vendas tem a possibilidade de comercializar os eventos, como acontece com os vídeos que entram antes das transmissões”, explica Sandra.
Ainda que os sertanejos dominem os recordes de audiência, outros segmentos da música popular vêm alcançando feitos nesta temporada de lives. O sambista Péricles conseguiu 887 mil visualizações simultâneas em uma transmissão realizada em abril, além de 600 mil novos inscritos para o Canal do Periclão.
O rapper Emicida, com uma live que durou oito horas no início de maio, arrecadou cerca de R$ 800 mil durante o evento para a iniciativa Mães da Favela. Já o DJ de funk Dennis tem feito transmissões antes ou depois dos sertanejos, uma espécie de esquenta ou after para as lives principais. Isso vem lhe rendendo bons números: sua primeira live atingiu 400 mil visualizações simultâneas.
Com o boom das transmissões, dá para pensar em como vai ser pós-pandemia? “Acreditamos que elas vão continuar e conviver com o retorno dos concertos. Tem muita cidade que está fora do circuito de shows. Além disso, os artistas se deram conta de que live é uma forma de eles terem receita. Acabamos de entrar no terceiro mês da quarentena, então nos próximos dois, três meses, as lives continuarão mais fortes”, conclui Sandra.
TOP 10 DO YOUTUBE
1 – Marília Mendonça (Brasil)
8 de abril: 3,31 milhões
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