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No lugar de aplausos, o fon-fon das buzinas e faróis piscando. É desta forma que a Orquestra de Ouro Preto será recebida ao subir no palco do Mix Garden, neste sábado. É a primeira vez, em duas décadas de atividades, que o grupo se apresenta no formato drive-in, com espectadores dentro de carros num espaço aberto.
Não é a melhor situação, do ponto de vista musical, principalmente em se tratando de orquestra, mas o maestro Rodrigo Toffolo destaca que a OOP já tem uma expertise de apresentações em espaços externos grandes. Uma delas aconteceu no ano passado, no Parque do Ibirapuera, para 50 mil pessoas.
“A orquestra se preparou nestes anos, com microfones individuais, além de contarmos com empresas que fornecem som especialmente para orquestra e um técnico já bastante experiente. Fico tranquilo pelo tipo de orquestra que nós somos, já moldada para eventos deste porte”, destaca o maestro.
Apesar de admitir que se perde de um lado, sem o arredondamento acústico de uma sala de concerto, Toffolo acredito que há um ganho de outro, em relação a uma maior interação com a plateia, marca registrada da OOP. “A performance é um pouco diferenciada, tentando passar uma energia positiva”.
Sobre a forma de o público reagir, Toffolo observa que “é uma maneira de interagir diferente, mas saber que tem pessoas ali que estão lhe ouvindo e tentam se comunicar com você, mantém este calor”. Para ele, o importante é “saber reinterpretar estes sinais”, como a palma representada pela buzina.
Um aspecto que ajuda a aumentar a interação é o próprio repertório, incapaz de deixar “carro” nenhum parado. A orquestra irá apresentar, pela primeira vez, os arranjos para músicas dos Beatles presentes no álbum “Orquestra Ouro Preto – The Beatles Vol. 2”, lançado nas plataformas digitais em julho.
“É um repertório que joga para cima e Belo Horizonte tem muitos beatlemaníacos. Não conseguimos parar de tocá-lo”, diverte-se Toffolo. O primeiro disco foi disponibilizado em 2012 e, desde então, o quarteto de Liverpool é um dos programas mais solicitados.
“Os clássicos são assim. Você passa a vida inteira lendo Guimarães Rosa e ouvindo Beethoven. E os Beatles já fazem parte disso. É o poder da música quando se trata de um clássico: todo mundo quer ouvir sempre. E, a cada vez, é uma experiência diferente”, analisa.
SERVIÇO
“Concerto Orquestra Ouro Preto – Beatles Vol.2” – Amanhã, às 19h, no Mix Garden (Rua Projetada, 65 – Jardim Canadá). Ingressos gratuitos com retirada uma hora antes do início. Livre para todas as idades
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Não é a melhor situação, do ponto de vista musical, principalmente em se tratando de orquestra, mas o maestro Rodrigo Toffolo destaca que a OOP já tem uma expertise de apresentações em espaços externos grandes. Uma delas aconteceu no ano passado, no Parque do Ibirapuera, para 50 mil pessoas.
“A orquestra se preparou nestes anos, com microfones individuais, além de contarmos com empresas que fornecem som especialmente para orquestra e um técnico já bastante experiente. Fico tranquilo pelo tipo de orquestra que nós somos, já moldada para eventos deste porte”, destaca o maestro.
Apesar de admitir que se perde de um lado, sem o arredondamento acústico de uma sala de concerto, Toffolo acredito que há um ganho de outro, em relação a uma maior interação com a plateia, marca registrada da OOP. “A performance é um pouco diferenciada, tentando passar uma energia positiva”.
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“Os clássicos são assim. Você passa a vida inteira lendo Guimarães Rosa e ouvindo Beethoven. E os Beatles já fazem parte disso. É o poder da música quando se trata de um clássico: todo mundo quer ouvir sempre. E, a cada vez, é uma experiência diferente”, analisa.
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