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Universal, com fortes influências nordestinas e cosmopolitas. Assim o Quinteto Violado e a Banda de Pau e Corda definem os respectivos trabalhos. Os dois grupos pernambucanos apresentam neste sábado (14), no Palácio das Artes, o show Na estrada, cujo repertório destaca composições de Luiz Gonzaga, Gonzaguinha, Zé Dantas e Geraldo Vandré, além da produção autoral de ambos. A seleção coube a Dudu Alves, tecladista do Quinteto e diretor musical da turnê, e Sérgio Andrade, líder e fundador da Pau e Corda.
A turnê marca também o início das comemorações do cinquentenário do Quinteto, em 2021. Destaques da música nordestina, os dois grupos vão interpretar Asa branca (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), gravada pelo Quinteto e considerada por Gonzagão a melhor versão de sua criação, Vaquejada (Quinteto Violado), Lampião (Pau e Corda), Acauã (Zé Dantas), Canção da despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré), Crendice (Pau e Corda) e Pra não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré), entre outras canções.
“Montamos o Quinteto em Pernambuco, em 1971, no momento pós-tropicalista. Focamos o nosso trabalho na música regional, buscando valorizar a cultura brasileira por meio de trabalhos de pesquisa e de nossas experiências pessoais”, conta o cantor e violonista Marcelo Melo, único remanescente da formação original do grupo, que conta também com Dudu Alves (teclados), Roberto Medeiros (percussão e voz), Ciano Alves (flauta e violão) e Sandro Lins (contrabaixo).
Melo diz que o Quinteto continua conquistando admiradores no Brasil e no exterior. “Nosso som se caracteriza por arranjos com identidade nordestina e pela influência da música do mundo”, diz. A “personalidade local”, afirma, traz referências que independem de nacionalidade.
Poesias e letras são assinadas pelos integrantes do Quinteto, mas a maioria é releitura do cancioneiro popular, com nova roupagem. “As músicas têm um toque de contemporaneidade e improvisos típicos do jazz, passeando do erudito ao mais popular”, explica Marcelo Melo.
A turnê Na estrada é, antes de tudo, o encontro fraterno das duas bandas. “O show tem um bloco no qual a gente canta juntos. Um participa do repertório do outro”, diz o violonista. “O Quinteto e a Pau e Corda sempre foram muito bem recebidos em Minas, onde fizemos inúmeros shows, além de participações em festivais”, lembra o músico.
De acordo com ele, a trajetória de seu grupo sempre foi marcada pelo caráter autoral, mesmo destacando músicas consagradas como as de Gonzagão, por exemplo. “Quando o Quinteto toca Asa branca é diferenciado. Já gravamos cerca de 50 discos, quatro DVDs e produtos que não lançamos no Brasil, como a releitura da música cabo-verdiana no álbum Ilha de Cabo Verde”, diz.
O cantor e percussionista Sérgio Andrade, fundador da Banda de Pau e Corda, comemora a oportunidade de celebrar no palco a amizade entre os dois grupos. “O Quinteto completa 50 anos em 2021; nós faremos 49. Vamos começar os shows por Minas Gerais, onde sempre fomos bem recebidos. Uma das primeiras turnês do Pau e Corda, na década de 1970, foi em Minas”, lembra.
O show desta noite terá três momentos. “No primeiro, estaremos juntos no palco. Em seguida, os dois se apresentam em separado. Na última parte, voltamos a nos juntar, cantando e tocando canções do repertório de cada um. Será uma oportunidade muito boa para sentir a diferença entre as duas bandas. No início de nossas carreiras, algumas pessoas achavam que éramos rivais, mas sempre existiu uma grande amizade entre nós. Inclusive, o nome Pau e Corda nos foi dado pelo Toinho Alves, contrabaixista e um dos fundadores do Quinteto”, conta Andrade.
No início da carreira, a Banda de Pau e Corda foi influenciada pelo Quinteto, sobretudo na parte instrumental. “Eles trabalhavam muito com pesquisas ben-feitas sobre a cultura e ritmos nordestinos. Como naquela época não existia internet, iam a campo com o gravador pesquisar cantadores. Nós íamos mais pelo intuitivo, para o lado da composição. Eles tinham uma parte instrumental muito interessante, enquanto a gente trabalhava mais a parte vocal. Essas diferenças ficarão bem claras no show. Uma diferença completa a outra”, explica o percussionista da Pau e Corda.
O grupo, formado também por Júlio Rangel (viola/vocal), Zé Freire (violão/vocal), Yko Brasil (flauta), Sérgio Eduardo (baixo) e Alexandre Barros (bateria/vocal), lançou 12 álbuns. Em 2019, gravou um disco com repertório inédito, que será lançado até agosto. Já estão nas plataformas digitais o single e o clipe de Quer mais o quê?.
QUINTETO VIOLADO E BANDA DE PAU E CORDA
Neste sábado (14), às 21h. Palácio das Artes – Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Inteira: R$ 160 (plateia 1), R$ 140 (plateia 2) e R$ 120 (plateia superior). Meia-entrada na forma da lei.
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A turnê marca também o início das comemorações do cinquentenário do Quinteto, em 2021. Destaques da música nordestina, os dois grupos vão interpretar Asa branca (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), gravada pelo Quinteto e considerada por Gonzagão a melhor versão de sua criação, Vaquejada (Quinteto Violado), Lampião (Pau e Corda), Acauã (Zé Dantas), Canção da despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré), Crendice (Pau e Corda) e Pra não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré), entre outras canções.
“Montamos o Quinteto em Pernambuco, em 1971, no momento pós-tropicalista. Focamos o nosso trabalho na música regional, buscando valorizar a cultura brasileira por meio de trabalhos de pesquisa e de nossas experiências pessoais”, conta o cantor e violonista Marcelo Melo, único remanescente da formação original do grupo, que conta também com Dudu Alves (teclados), Roberto Medeiros (percussão e voz), Ciano Alves (flauta e violão) e Sandro Lins (contrabaixo).
Melo diz que o Quinteto continua conquistando admiradores no Brasil e no exterior. “Nosso som se caracteriza por arranjos com identidade nordestina e pela influência da música do mundo”, diz. A “personalidade local”, afirma, traz referências que independem de nacionalidade.
Poesias e letras são assinadas pelos integrantes do Quinteto, mas a maioria é releitura do cancioneiro popular, com nova roupagem. “As músicas têm um toque de contemporaneidade e improvisos típicos do jazz, passeando do erudito ao mais popular”, explica Marcelo Melo.
A turnê Na estrada é, antes de tudo, o encontro fraterno das duas bandas. “O show tem um bloco no qual a gente canta juntos. Um participa do repertório do outro”, diz o violonista. “O Quinteto e a Pau e Corda sempre foram muito bem recebidos em Minas, onde fizemos inúmeros shows, além de participações em festivais”, lembra o músico.
De acordo com ele, a trajetória de seu grupo sempre foi marcada pelo caráter autoral, mesmo destacando músicas consagradas como as de Gonzagão, por exemplo. “Quando o Quinteto toca Asa branca é diferenciado. Já gravamos cerca de 50 discos, quatro DVDs e produtos que não lançamos no Brasil, como a releitura da música cabo-verdiana no álbum Ilha de Cabo Verde”, diz.
O cantor e percussionista Sérgio Andrade, fundador da Banda de Pau e Corda, comemora a oportunidade de celebrar no palco a amizade entre os dois grupos. “O Quinteto completa 50 anos em 2021; nós faremos 49. Vamos começar os shows por Minas Gerais, onde sempre fomos bem recebidos. Uma das primeiras turnês do Pau e Corda, na década de 1970, foi em Minas”, lembra.
O show desta noite terá três momentos. “No primeiro, estaremos juntos no palco. Em seguida, os dois se apresentam em separado. Na última parte, voltamos a nos juntar, cantando e tocando canções do repertório de cada um. Será uma oportunidade muito boa para sentir a diferença entre as duas bandas. No início de nossas carreiras, algumas pessoas achavam que éramos rivais, mas sempre existiu uma grande amizade entre nós. Inclusive, o nome Pau e Corda nos foi dado pelo Toinho Alves, contrabaixista e um dos fundadores do Quinteto”, conta Andrade.
No início da carreira, a Banda de Pau e Corda foi influenciada pelo Quinteto, sobretudo na parte instrumental. “Eles trabalhavam muito com pesquisas ben-feitas sobre a cultura e ritmos nordestinos. Como naquela época não existia internet, iam a campo com o gravador pesquisar cantadores. Nós íamos mais pelo intuitivo, para o lado da composição. Eles tinham uma parte instrumental muito interessante, enquanto a gente trabalhava mais a parte vocal. Essas diferenças ficarão bem claras no show. Uma diferença completa a outra”, explica o percussionista da Pau e Corda.
O grupo, formado também por Júlio Rangel (viola/vocal), Zé Freire (violão/vocal), Yko Brasil (flauta), Sérgio Eduardo (baixo) e Alexandre Barros (bateria/vocal), lançou 12 álbuns. Em 2019, gravou um disco com repertório inédito, que será lançado até agosto. Já estão nas plataformas digitais o single e o clipe de Quer mais o quê?.
QUINTETO VIOLADO E BANDA DE PAU E CORDA
Neste sábado (14), às 21h. Palácio das Artes – Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Inteira: R$ 160 (plateia 1), R$ 140 (plateia 2) e R$ 120 (plateia superior). Meia-entrada na forma da lei.