Depois de seis anos sem produzir um disco com canções inéditas, Ana Carolina está de volta com um EP lançado no fim do último mês e uma turnê que será inaugurada amanhã, em Belo Horizonte, no Km de Vantagens Hall. No dia 26 de julho, seu novo álbum, “Fogueira em Alto Mar” , será lançado. 

Na apresentação, que marca seu retorno à cidade onde ela deu os primeiros passos de sua carreira, Ana Carolina vai mostrar suas composições mais recentes e também cantar os sucessos que marcam duas décadas de trajetória celebradas neste ano. “São 20 anos de carreira, então não tem como fugir disso. Estou com uma banda superafiada e, por isso, acho que vai ser um show maravilhoso. Eu quero também cantar músicas de outras pessoas, fazer algumas surpresas, o que acho que também é importante de ter nessa apresentação”, frisa a artista.

Em “Fogueira em Alto Mar”, Ana Carolina também inaugura diálogos com outros compositores, como Bruno Caliman – autor de canções já gravadas por Bruno e Marrone, Luan Santana e Gusttavo Lima, entre outros. “A música de trabalho, ‘Não Tem Mapa’, é fruto dessa conversa com Bruno. Nós a fizemos juntos, e acho que ela tem uma cara parecida com as minhas outras músicas. Digamos assim, ela é uma canção ‘carolinática’, tem um negócio, um estilo meu que é reconhecível”, observa a cantora.

Outros novos parceiros de Ana Carolina são Zé Manoel e Jonnas Mayrin. Com o primeiro, ela compôs o samba “Da Vila Vintém ao Fim do Mundo”, que presta homenagem à diva Elza Soares. “Elza sempre foi uma das maiores cantoras do Brasil e uma mulher muito importante, muito emblemática para mim. Em 2017, ela chegou a me pedir uma música, mas, como sempre acontece quando me pedem algo assim, não consegui fazer a canção. Mas eu fiquei muito tempo envolvida nisso até encontrar Zé Manoel, que é um compositor de Recife (PE), e juntos fizemos essa homenagem a ela”, conta Ana Carolina.

Para criar a letra, a mineira mergulhou na vida da cantora carioca, cuja biografia foi recentemente lançada pelo jornalista Zeca Camargo. “Quis produzir uma canção à altura dela, e ela veio ao nosso estúdio gravar conosco, e tivemos uma tarde maravilhosa. Elza é uma pessoa de uma alegria radiante, uma energia muito forte, por isso a experiência foi única. Eu queria muito que ela curtisse o resultado e percebi que ela estava gostando e se divertindo muito”, relata Ana Carolina. 

Outro samba gravado pela cantora é “1296 Mulheres” (1966), de Moreira da Silva e Zé Trindade. Essas escolhas indicam que ela está mais próxima desse gênero em “Fogueira em Alto Mar” do que em seus discos anteriores. “No meu álbum de 1999, por exemplo, não tinha nenhum samba. Eles só começaram a aparecer nos meus últimos trabalhos. Agora, no novo CD, também tem baladas, umas levadas, ou seja, tenho um estilo, um jeito de fazer música que também não muda. É algo que está desde meu primeiro disco até este último”, garante a artista. 

Serviço. Ana Carolina abre a turnê do seu novo disco “Fogueira em Alto Mar” com um show amanhã no Km de Vantagens Hall ( av. Nossa Sra. do Carmo, 230, Savassi). Ingressos: De R$ 140 (inteira) a R$ 1.000 a mesa para quatro pessoas.