Mês de férias, janeiro está batendo na porta e, com ele, a sonhada viagem em família. Para a turma que não tem bicho de estimação, diversão garantida e sem dor de cabeça. Já para quem cuida de um pet, um ponto a mais a ser planejado antes de pegar a estrada. Tão importante quanto definir o local onde o animalzinho ficará hospedado é ter certeza da segurança do espaço e dos cuidados dispensados à saúde dele.
Médica veterinária do Life Hospital Veterinário, em Belo Horizonte, Andréia Turchetti diz que é imprescindível que o espaço tenha portões e grades para evitar o acesso dos animais à rua. Também deve exigir a carteira de vacinação dos hóspedes e limpar diariamente os ambientes coletivos.
“Locais com sistema de vigilância por câmeras também costumam deixar os tutores mais tranquilos. Além disso, deve-se tratar o animal com muita paciência e carinho e oferecer atividades de enriquecimento ambiental, respeitando o ritmo e a preferência de cada um”, diz.
Em Belo Horizonte, há várias opções para atender os bichos de estimação. Vão de pet sitters, que atendem em casa, a babás que recebem no próprio lar. Nesses casos, a dica é ficar atento à dinâmica do profissional, que deve manter a rotina do animal enviando relatórios diários ao dono, por exemplo.
Serviço personalizado
São exatamente essas algumas das preocupações da cat sitter Mariana Portugal, da Anjos Felinos. Cuidadora de gatos, ela passa pelo menos uma hora visitando cada “cliente” e não deixa de enviar fotos e vídeos dos encontros para os tutores. O trabalho inclui administração de medicamentos, caso o pet necessite, e atividades para evitar o tédio na falta do dono.
Sócia-proprietária da Bem Acãopanhados, espaço inaugurado recentemente no bairro Palmares, região Nordeste da capital, Leila Teixeira também preza pelo bem-estar dos hóspedes. Lá, eles ficam sempre juntos – são separados somente por porte para evitar brincadeiras que possam machucar.
Na hora do sono, os acostumados a dormir dentro de casa também têm a rotina mantida. O mesmo acontece com os maiores, que podem se sentir mais à vontade na área externa da casa. A ideia é que os animais não sintam a falta dos donos, reforça Leila, que também leva e busca os pets que precisarem de transporte.
Day care
Quem já tem com quem deixar o cachorro ou o gato no período de férias também pode proporcionar ao pet diversão extra na ausência da família. Alguns espaços em Belo Horizonte funcionam como espécies de creche, no sistema day care, ou seja, em que se paga pelo dia de uso.
Nesses locais, os animais têm uma série de atividades coletivas à disposição, todas realizadas sob monitoramento de um profissional. Na Maternau, por exemplo, no bairro Sion, Zona Sul da cidade, os pets podem ser assistidos das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, usufruindo de atividades de enriquecimento ambiental e até passeando na vizinha Praça JK, caso o dono assim deseje.
Gerente do espaço, Michele de Souza reforça que não há restrição quanto a raça ou porte, mas os cães precisam ser sociáveis para serem aceitos.
Além disso:
Um dos meses mais quentes do ano, janeiro é também tempo de atenção redobrada com a saúde dos pets. Nessa época, cães, principalmente, ficam mais suscetíveis a doenças transmitidas por carrapatos e às virais, como parvovirose e cinomose. As altas temperaturas também exigem atenção redobrada com hidratação, sobretudo durante os passeios, conforme alerta a veterinária Julia Oliveira Camargo, do Hospital Dog Saúde, em São Paulo.
“O principal cuidado com os animais na época mais quente do ano é com a hipertermia que as altas temperaturas podem ocasionar. Quando a temperatura corporal do animal sobe muito, pode descompensar o funcionamento de todo o organismo”, alerta a profissional, que recomenda observar o focinho e a respiração do pet para “medir” o conforto térmico dele. “Se ficou muito ofegante, tire-o do sol imediatamente”, ensina.
A veterinária ainda sugere atenção extra à tosa dos cães de pelo longo, que devem ser mantidos ao menos “aparados”. Já os de pelagem branca devem ser mais bem protegidos para evitar doenças como câncer de pele. Neles, o uso de protetor solar é indispensável. Quanto a doenças transmitidas por vírus, a dica é não descuidar do cartão de vacinação, que deve estar sempre em dia.
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