O pagamento do salário do funcionalismo público segue como um assunto delicado para o Governo de Minas. Ao falar, nesta terça-feira (22), sobre a quitação dos próximos vencimentos mensais de todas as categorias, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a citar a privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) como solução para normalizar a situação.

“Estamos trabalhando com a questão da privatização da Codemig e esse problema só será resolvido com a privatização da empresa. Porque o Estado continua, todos os meses, gastando mais do que arrecada”, disse Zema, em entrevista à Rádio CBN.

Em 4 de dezembro de 2019, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o projeto de lei do governo que autorizava a negociação de 49% dos créditos da Codemig. A operação da venda do nióbio da empresa será concretizada na B3, a antiga Bolsa de Valores de São Paulo, mas ela ainda não foi colocada aprovada na bolsa de mercado de capitais.

No fim do ano passado e no início de 2020, o Executivo tratava a negociação da empresa como condição para pagamento do 13º salário. Apesar de a venda não ter sido concretizada, o vencimento foi quitado neste ano.

Zema também explicou que o pagamento dos salários dos próximos dois meses deve seguir como os últimos: pagamento parcelado em duas vezes. Servidores da Saúde e da Segurança, contudo, por causa do contexto da pandemia do novo coronavírus, têm prioridade para receber uma parcela com a quantia total.

“Para o final do ano, vamos mencionar outubro e novembro, a previsão é que se repita o que aconteceu nesses últimos meses, como agosto e setembro. Pagamos o salário em duas vezes, geralmente a primeira  parcela por volta do dia 10, e a segunda no fim do mês, e esse cenário deve se manter”, concluiu Zema.