O governador Romeu Zema (Novo) usou seu Twitter, na tarde desta terça-feira, para posicionar-se diante dos possíveis casos de intimidação policial relatados pelos foliões no carnaval de Belo Horizonte. 
 
Romeu Zema 
✔@RomeuZema
 
 
Sobre os possíveis casos de arbitrariedade e intimidação da Polícia Militar relatados pela população no carnaval de BH, irei apurar as denúncias e abrir investigação para identificar os responsáveis. Se comprovada a má conduta, os autores serão penalizados.

Na mensagem, Zema utilizou as seguintes palavras “sobre os possíveis casos de arbitrariedade e intimidação da Polícia Militar relatados pela população no carnaval de BH, irei apurar as denúncias e abrir investigação para identificar os responsáveis. Se comprovada a má conduta, os autores serão penalizados”.


O governador foi alvo de manifestações populares, em meio aos impasses envolvendo a liberação dos trios elétricos, além de utilizar a mesma rede social para declarar que não quer inviabilizar o carnaval, “mas é preciso garantir a segurança da população”.

Intimidação policial


No último domingo (23), a Liga Blocada, que representa vários blocos de carnaval de Belo Horizonte, divulgou uma nota em que denunciava o que considerou uma intimidação da Polícia Militar ao abordar o cantor e representante do bloco Raga Mofe para ratificar os procedimentos para o bloco sair no Bairro Caiçara. A Polícia Militar considera que os procedimentos adotados tenham sido adequados. Representantes de blocos têm tido diversos atritos com a polícia desde que carros de som considerados irregulares foram apreendidos e outros proibidos de circular por falta de documentação.


O grupo informou que as últimas atitudes da polícia levam a crer que mais problemas estão à vista. "Estamos diante de uma clara ameaça ao Estado Democrático de Direito e tememos o que pode acontecer nos desfiles dos blocos Raga Mofe neste domingo (23) às 9h e Havayanas Usadas nesta segunda-feira (24), porque não abriremos mão dos nossos direitos assegurados no art. 5º da Constituição Federal de liberdade de expressão e de reunião em locais abertos ao público independentemente de autorização", afirma o comunicado da Liga Blocada, formada pelos blocos Havayanas Usadas, Sagrada Profana, Unidos do Samba Queixinho, Então Brilha, Chama o Sindico e Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro.

 

Comunicado 


No fim da manhã do último domingo, a Polícia Militar emitiu uma nota oficial sobre a questão. Leia na íntegra:
 
"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que foram realizadas visitas comunitárias com representantes de blocos nas áreas de alguns Batalhões com cunho preventivo. O objetivo das visitas foi ampliar a sensação de segurança no carnaval e solicitar o apoio dos blocos para a divulgação de dicas preventivas durante suas apresentações. Também foram repassadas orientações para que se evitassem estímulos à violência e ocorrências de crimes durante o carnaval.
 
A PMMG esclarece que os contatos com os blocos não tiveram cunho intimidativo e repressivo e ocorreram em tom amistoso e sem qualquer intercorrência. Inclusive, para todas as visitas foram geradas Boletins de Ocorrências no sentido de resguardar a intenção preventiva e comunitária desses contatos.  
 
A Polícia Militar ressalta ainda que tem contado com o apoio de vários blocos para difundir as dicas de segurança e fazer um carnaval de Paz.  
 
Vale destacar que a redução dos crimes violentos neste carnaval na capital já se apresenta bastante expressiva, na casa de 40% e que essa redução reforça que as ações da Polícia Militar de Minas Gerais, em conjunto com os blocos e os demais órgãos envolvidos, fazem do Carnaval de Belo Horizonte o mais seguro para os foliões." 
 
*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.