GOVERNO DE MINAS

MP apontou que problemas na barragem que rompeu em Mariana surgiram ainda na gestão de José Tadeu Moraes, que diz em currículo que era responsável por segurança do complexo

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), deve anunciar na próxima sexta-feira, dia 8 de março, o ex-presidente da Samarco, José Tadeu de Moraes, para assumir a presidência da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).

Funcionário de carreira da Samarco, Moraes presidiu a empresa entre os anos 2003 e 2011. Isso se deu antes do rompimento da barragem do Fundão, no complexo de Germano, em Mariana, que ocorreu em 2016, quando o comando da companhia já era de Ricardo Vescovi. Porém, segundo o Ministério Público (MP), o problema da barragem teria começado ainda em sua gestão, no ano de 2007. De acordo com informações do currículo do executivo, era ele o responsável pela manutenção da Unidade de Germano. Atualmente, Moraes é diretor de operações da mineradora Manabi.

O comunicado foi feito aos funcionários da companhia por meio de e-mail enviado pelo atual presidente da companhia, Marco Antônio Castello Branco. O texto ainda diz que, no próximo dia 18, os conselhos da Codemig e da Codemge devem ser reunificados, uma vez que foram separados na gestão de Fernando Pimentel (PT).

Na mesma ocasião serão eleitos os sete membros do conselho de administração da empresa. São eles: Alfredo Huallen, Wilson Poit, Antônio Peixoto de Carvalho, Marcelo Dias, Wagner de Freitas Oliveira, Marcelo Nassif e Daniel de Mattos.

Na última segunda-feira, a coluna Aparte já havia informado que a saída de Marco Antônio Castello Branco era iminente. Sua queda era um pedido dos deputados e militantes do Novo.

Procurado para comentar a escolha ainda não anunciada oficialmente, a assessoria de imprensa do Governo de Minas repassou o caso para a Codemig. Até o momento a reportagem não conseguiu contato com a empresa.