SANTO ANDRÉ


A situação dentro de uma casa localizada na rua Lambari, no bairro Santo André, região Noroeste de Belo Horizonte, vem causando a indignação de vizinhos há aproximadamente seis meses. Além da sujeira e do lixo acumulado, que pode provocar doenças à população, a vida de pelo menos três cachorros que (sobre)vivem nela é precária.


Segundo um morador dessa rua, que preferiu não se identificar, já foram feitas diversas denúncias à prefeitura, porém, nada foi feito até hoje. "Essa dona, que tem aproximadamente 70 anos, tem problemas mentais e ela é uma acumuladora. O terreno dela é um lixão a céu aberto. Eu mesmo já fiz inúmeras denúncias à prefeitura. Os ficais vem aqui, mas ela não os deixa entrar, então, eles vão embora", contou.

Além disso, o vizinho disse a O TEMPO que os cachorros, que ficam acorrentados durante a maior parte do dia e têm dificuldades para se locomoverem, são constantemente agredidos. "Eles ficam no meio de todo esse lixo, e há um tempo atrás, ela sempre espancava eles. Atualmente, ela bate menos, mas a gente vê que continuam as agressões", disse.

"Parece que ela mora sozinha. Lá é um terreno de família, tem um pessoal que mora no fundo, mas parece que ninguém liga para ela. Um fato interessante é que quase toda semana ela chama uma caçamba para levar embora o lixo e o entulho, mas a caçamba sempre volta vazia", completa.


O jovem também receia pelas doenças, como a dengue, que podem ser ocasionadas por causa do lixo acumulado, prejudicando os demais vizinhos. "Há relatos de que ela acumula lixo também dentro da casa, porque o quintal já não tem mais espaço. E os vizinhos sofrem, pois com as chuvas vem o acúmulo de água, e há grandes focos de dengue. E junto com todo esse lixo vem baratas, ratos e sem falar no cheiro insuportável que fica na região", concluiu.

Posição

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou por meio de nota que enviará uma equipe para vistoriar o local e tomar as providências "de acordo com a legislação vigente".

Vizinhos também relataram que, por algumas vezes, policiais civis foram até a residência, porém, não encontraram a moradora. "Eles fazem anotações e depois vão embora", contaram.

Como também se trata de maus-tratos a bichos, a reportagem solicitou um posicionamento da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O órgão disse, através de sua assessoria de imprensa, que o caso está sob investigação.

Lei Sansão

O presidente Jair Bolsonaro sancionou no fim de setembro a  “Lei Sansão”, em homenagem a um cachorro que teve as patas traseiras decepadas em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. A proposição altera a Lei de Crimes Ambientais, de 1998, e estabelece pena de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda do animal, para quem abusa, fere ou mutila cães e gatos.

Se houver flagrante, o agressor é levado para a prisão. Além disso, a nova legislação prevê multa e proibição de guarda. A autoria é do deputado federal mineiro Fred Costa (Patriota),