VILA OESTE


O vereador de Funilândia, na região Central de Minas, Hamilton Dias de Moura (MDB), de 58 anos, foi encontrado morto na tarde desta quinta-feira (23) no bairro Vila Oeste, região Oeste de Belo Horizonte.


Segundo informações preliminares da Polícia Militar, o político estava dentro de um carro, no banco do morista, com perfurações de arma de fogo em seu corpo. O caso aconteceu na rua Quilombo, próximo à estação de metrô e à avenida Amazonas.

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 Crime aconteceu próximo à estação de metrô /Foto: Ramon Bitencourt / O TEMPO

 

Conforme apurado pela reportagem de O TEMPO, testemunhas que estavam próximas ao local do crime disseram que a vítima estava com o seu carro, um Onix vermelho, parado quando foi alvejada. Ninguém teria ouvido os disparos.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) retirou o corpo, e o caso será investigado pela Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida - ninguém foi preso.

A autoria e motivação do assassinato ainda são desconhecidas. Hamilton era presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (SIMECLODIF), e pré-candidato à prefeitura da cidade interiorana. Nínguem do sindicato foi encontrado para falar sobre o assunto.

Em nota, o SIMECLODIF disse que o caso foi um ato traiçoeiro, e, possivelmente, de cunho sindical. "Sua morte está vinculada ao clima hostil e perverso, no Brasil, contra lideranças dos movimentos populares, sindicais e sociais, com, pelos menos um assassinato a cada semana.
Franco, sincero e duro no debate, Hamilton Moura era o que Mao Tse Tung dizia, um bufálo de criança, pois, não guardava rancores e era capaz de recompor o diálogo mesmo após embates aguerridos e tensos", diz.

Além disso, o sindicato afirmou que o seu presidente tinha inimigos, devido suas posições. "Não admitia a conciliação criminosa de dirigentes que vendiam os direitos de trabalhadores e trabalhadoras, pelos quais se desdobrava em busca de condições dignas de trabalho e melhores salários. Por isso tinha inimigos, pois não escondia as suas posições e não recuava frente aos poderosos, enganadores, exploradores, pelegos e a malta de parasitas que se enriquece explorando o trabalho alheio. Essa sua postura de combatente digno, de lutador social com princípios sólidos, com certeza, está no centro do seu assassinato traiçoeiro. Crime por encomenda, execução sumária, sem chances de defesa, pois, não tiveram coragem de enfrentá-lo frente à frente", afirmou.