Na quarta-feira (3/9), as ações começaram o dia negociadas a R$ 29,80, representando um valor de mercado de R$ 11,33 bilhões. No fim do pregão, pouco depois que Tadeu Leite informou que os deputados poderiam votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a consulta popular para a venda da Copasa, a cotação atingiu um preço de R$ 30,20 (+1,34%).
“Todo santo dia chega aqui na Assembleia informações de que a Copasa está cobrando os municípios, está cobrando da população água e esgoto, mas só trata água. Diversas pessoas em Minas Gerais pagam conta para água e esgoto, mas hoje a Copasa só trata água. Então, acho que essa é uma discussão que nós temos que avançar”, reforçou.
Nos dias seguintes ao anúncio, a empresa seguiu valorizando no mercado. A empresa, que tem um volume médio de negociação de 3,59 milhões de ações, viu a movimentação crescer em 10,29 milhões na quinta-feira (4/9). No dia, a cotação fechou em R$ 31,05, uma variação positiva de 2,81% no preço das ações – a maior dos últimos cinco dias.
Na sexta-feira (5/9), o volume de negociações arrefeceu para 6,08 milhões. Porém, a Copasa seguiu a tendência de alta e fechou a semana com as ações custando R$ 31,37 (+1,03%) e um valor de mercado de R$ 11,92 bilhões. Cabe ressaltar que no último pregão da semana a cotação da estatal atingiu a máxima histórica de R$ 31,98.
Tendência de alta
A Copasa segue uma tendência de alta há pelo menos um mês. O governo de Romeu Zema (Novo) tem pressionado para que a PEC do fim do referendo seja votada na Assembleia, argumentando um aperto com os prazos do Propag e não haver tempo hábil para consultar a população sobre a privatização de Copasa e Cemig.
Em 12 de agosto, o vice-governador Mateus Simões (Novo), presidente do comitê gestor do Propag, ressaltou que o governo federal não tem interesse na federalização da Copasa e que o plano seria vender a empresa para levantar dinheiro e pagar as obrigações do Propag. Nesse dia, as ações da empresa tiveram uma valorização de 4,84%, saindo de R$ 25,39 e fechando em R$ 26,62.
Outros fatores também contribuem para a valorização da empresa. Em 2 de setembro, a Copasa emitiu um comunicado ao mercado anunciando que a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgoto Sanitário (Arsae-MG) havia divulgado os documentos referentes ao resultado preliminar da revisão tarifária. Segundo a estatal, o Efeito Tarifário Médio (ETM) preliminar é de 5,5% com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026.
Um relatório do BTG Pactual, ao qual a reportagem teve acesso, ressalta que os números divulgados pela Arsae, no geral, foram melhores do que o esperado. O EBITDA regulatório, uma métrica que oferece uma visão da capacidade de caixa operacional da empresa, chegou a R$ 3,2 bilhões, contra os R$ 3,075 bilhões esperados. O documento ressalta que a receita bruta regulatória líquida da Copasa, em março, atingiu R$ 15,5 bilhões, estimando que até o final do ano atinja cerca de R$ 17 bilhões.
O relatório do BTG ainda destacou que a Copasa é negociada próxima de 1x EV/RAB, métrica que mede o quanto o mercado está disposto a pagar pelo ativo regulatório de uma empresa. Quando o múltiplo está acima de 1x indica que o mercado paga um prêmio sobre esse valor regulatório, indicando uma boa gestão. “O caso agora depende do desenvolvimento da privatização da empresa”, descreve
O fortalecimento da Arsae também está na mira do governo de Minas e dos deputados há um mês. O presidente da Assembleia afirmou que vai tramitar dois textos que devem adequar a agência ao marco legal do saneamento, incluindo a divisão da atuação da empresa em blocos regionais.
“Minas Gerais é o único estado em que não se constituiu um bloco de saneamento. Se esses blocos não forem feitos até o fim deste ano, os municípios mineiros podem deixar de acessar recursos federais para esse tema”, destacou Tadeu Leite.
Outros fatores também contribuem para a valorização da empresa. Em 2 de setembro, a Copasa emitiu um comunicado ao mercado anunciando que a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgoto Sanitário (Arsae-MG) havia divulgado os documentos referentes ao resultado preliminar da revisão tarifária. Segundo a estatal, o Efeito Tarifário Médio (ETM) preliminar é de 5,5% com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026.