A Vale informou, neste sábado (8/6), que está acelerando o descomissionamento de nove barragens de minério de ferro a montante no Brasil. Esse tipo de alteamento é o mesmo tipo das barragens que se romperam em Mariana (2015) e em Brumadinho (2019). Para isso, a mineradora provisionou US$ 1,9 bilhão.

Essas barragens são consideradas mais frágeis e propensas a rompimentos, já que os alteamentos (a elevação delas para ampliação da capacidade de armazenamento) são feitos sobre os próprios rejeitos.

 

 

O que é barragem a montante

Nesse tipo de estrutura, o corpo da barragem é construído com o uso de rejeitos depositados, como detalha o comunicado da companhia. Os alteamentos são realizados no sentido contrário ao fluxo de água (montante). A barragem necessita de rejeito grosso para que o maciço possa ser construído.

Sobre a descaracterização das estruturas, a mineradora assegurou que nenhuma das nove barragens a montante recebe novos rejeitos e as operações próximas a elas também se encontram paralisadas, como requisito para o andamento do processo de descaracterização - que significa o encerramento definitivo do uso da estrutura.

Após concluídas as obras de descaracterização, a estrutura restante deixa de ser uma barragem e é totalmente reincorporada ao relevo e ao meio ambiente ao redor, diz o comunicado.