Deputado do PV tende a facilitar a busca por governabilidade por parte de Romeu Zema; André Quintão e Antônio Carlos Arantes são cotados para vagas na Mesa
Com o apoio de PSDB, PT, MDB e do Partido Novo, do governador Romeu Zema, o deputado estadual Agostinho Patrus (PV) deve ser eleito, no dia 1º de fevereiro, como presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Outras candidaturas em busca do comando da Casa chegaram a ser ensaiadas, mas a tendência é a de que o parlamentar seja o único nome no pleito, uma vez que conta com o apoio da ampla maioria do Legislativo. A eleição vai ocorrer logo após os 77 deputados eleitos tomarem posse.
Atual vice-presidente da Casa, Agostinho Patrus apoiou o governador durante o segundo turno das eleições deste ano. Por isso, nos bastidores é dito que ele vai garantir a governabilidade de Zema na Assembleia, colocando em pauta temas de interesse do Executivo. Ao mesmo tempo, o político do PV foi apoiado por outros partidos, inclusive PSL, PSDB, MDB e PT, que estão em campos ideológicos distintos. Ao todo, 28 partidos estão representados no Legislativo, e a aposta de parlamentares ouvidos pela reportagem é que mais de 90% deles apoiem Agostinho. “Isso se ele não for apoiado por todos os partidos. A briga vai ser pelos outros cargos”, disse uma fonte.
O deputado estadual eleito pelo Novo e futuro líder do governo na Assembleia, Guilherme da Cunha, afirmou que a união dessas legendas em prol do nome do PV é natural e mostra o quanto a liderança dele é respeitada pelos colegas e legítima na Casa.
“Nós o apoiaremos. Divulgamos isso publicamente desde o ano passado. Nós (deputados do Novo) nos reunimos com ele e apresentamos o que seria a nossa pauta para a gestão da Assembleia, e ele se comprometeu. Ele nos impressionou com o conhecimento muito profundo sobre a gestão do Legislativo e se comprometeu a buscar uma melhor eficiência para buscar economia para a população mineira, para que a Assembleia deixe de ser a mais cara do Brasil”, disse Cunha.
Composição. A Mesa Diretora é composta por sete membros, tradicionalmente de partidos diferentes para contemplar várias legendas. Além disso, o tamanho das bancadas é levado em conta na hora de formar a chapa. Já é dito nos corredores da Casa que, além do PV, com a presidência, outras três agremiações já estão certas na composição: a primeira vice-presidência ficaria com Antônio Carlos Arantes (PSDB); a primeira secretaria permaneceria com o PT, sendo que o mais cotado para o posto é André Quintão; e outra cadeira, a ser definida, seria ocupada pelo MDB.
Para os três postos restantes estão cotados outros partidos. O PSL, que elegeu seis deputados, deve fazer parte da Mesa, mesmo que todos os parlamentares estejam em primeiro mandato. O nome mais ventilado é o do Professor Irineu. Também é esperado que o PSD faça parte da chapa, sendo que um dos nomes especulados é o de Duarte Bechir. Em outra frente, Alencar da Silveira (PDT), que está em seu sexto mandato, também busca um espaço. Se ele não fizer parte da composição, é dito nos bastidores que vai lançar uma candidatura avulsa.