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string(77) "Serra do Curral: PBH vai levar denúncia contra ex-chefe da Supram para o STF"
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Em meio a queda de braço entre o governo de Minas Gerais e a prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sobre o processo de tombamento da Serra do Curral, novos fatos que surgiram nesta semana e que acusam a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de favorecer a mineração da Gute Schit serão levados para o conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na Justiça, a PBH já ajuizou uma ação contra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Estado e a Gute Schit, que possibilitou as atividades de mineração sem o licenciamento prévio na Serra do Curral. A partir das novas denúncias, a ideia da PBH é anexar as provas ao processo para corroborar os argumentos de ilegalidade.
Atualmente, a ação corre no STF e aguarda um encaminhamento da ministra Rosa Weber, que preside a Corte. Além de denunciar ilegalidades no processo da Gute Schit, a prefeitura cobra o fim da decisão judicial que impediu que o Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) se reunisse para deliberar sobre o tombamento do símbolo de Belo Horizonte. O governo estadual defende que o processo seja analisado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Além do campo jurídico, a denúncia também é discutida no âmbito eleitoral e foi tema de discussão no debate da TV Globo entre os candidatos ao governo do Estado.
Fatos novos
A denúncia que será anexada na ação do STF é assinada pela deputada federal Áurea Carolina (PSOL), a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) e a vereadora de Belo Horizonte Bella Gonçalves (PSOL), ao lado do Instituto Guaicuy, o Projeto Manuelzão e o Fórum Permanente do São Francisco. As provas entregues ao Ministério Público de Minas Gerais apontam que Charles Soares de Sousa, ex-chefe da superintendência regional de Meio Ambiente metropolitana (Supram) teria sido responsável por uma série de atos em favor da mineradora Gute Schit, entre eles o perdão de multas milionárias e ampliação da licença de operação da empresa até 2023.
Antes de integrar o quadro da Supram, em junho deste ano, Charles ainda teria atuado para a MA Consultoria - uma empresa ligada à Fleurs Mineração, que pertence ao mesmo grupo econômico da Gute, conforme aponta a denúncia.
O servidor foi exonerado no último dia 20 e o governo de Minas Gerais anunciou que está reavaliando todas as decisões tomadas pelo ex-funcionário no tempo em que esteve no cargo. Um aditivo que permitia a ampliação da área de atuação da Gute Schit para realização de uma obra de drenagem já foi anulado.
Histórico
A atividade da Gute Schit é um dos principais dos principais pontos de discordância entre o governo e a prefeitura sobre a Serra do Curral. O executivo municipal acusa a empresa de atuar ilegalmente em uma área tombada como patrimônio municipal. Até o último dia 15 de setembro, a Gute Schit já recebeu 88 autos de infração que, somados, chegam a R$ 6,5 milhões.
A empresa atua no limite do bairro Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte, com o município de Sabará, na região Metropolitana. A exploração de minério de ferro no local é questionada por ambientalistas e vereadores de Belo Horizonte que denunciam impactos ambientais negativos pela ação da mineração na região, entre eles a poluição atmosférica, o trânsito de veículos pesados e o afugentamento de animais pela poluição sonora, entre outros.
Outro lado
Em nota, a mineradora Gute Schit se manifestou alegando que atua amparada em autorizações dos órgãos responsáveis e que todo o empreedimento na Serra do Curral está em conformidade com a legislação estadual. (confira a nota na íntegra abaixo).
Já o governo de Minas Gerais alegou, também em nota, que "todos os atos do servidor estão sendo revisados, inclusive o TAC que permite a operação da mineradora, que poderá ser suspenso caso não haja comprovação da necessidade emergencial da obra de drenagem que causou a supressão vegetal irregular identificada pelo Governo de Minas", afirma.
O governo também alega foi responsável por apontar as irregularidades e que contribui com a investigação do Ministério Público de Minas Gerais.
Resposta da Gute Schit:
A Mineração Gute Sicht realiza as suas atividades com todas as autorizações dos órgãos responsáveis, encontrando-se o empreendimento em absoluta conformidade com a legislação ambiental e minerária.
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Em meio a queda de braço entre o governo de Minas Gerais e a prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sobre o processo de tombamento da Serra do Curral, novos fatos que surgiram nesta semana e que acusam a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de favorecer a mineração da Gute Schit serão levados para o conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na Justiça, a PBH já ajuizou uma ação contra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Estado e a Gute Schit, que possibilitou as atividades de mineração sem o licenciamento prévio na Serra do Curral. A partir das novas denúncias, a ideia da PBH é anexar as provas ao processo para corroborar os argumentos de ilegalidade.
Atualmente, a ação corre no STF e aguarda um encaminhamento da ministra Rosa Weber, que preside a Corte. Além de denunciar ilegalidades no processo da Gute Schit, a prefeitura cobra o fim da decisão judicial que impediu que o Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) se reunisse para deliberar sobre o tombamento do símbolo de Belo Horizonte. O governo estadual defende que o processo seja analisado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Além do campo jurídico, a denúncia também é discutida no âmbito eleitoral e foi tema de discussão no debate da TV Globo entre os candidatos ao governo do Estado.
Fatos novos
A denúncia que será anexada na ação do STF é assinada pela deputada federal Áurea Carolina (PSOL), a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) e a vereadora de Belo Horizonte Bella Gonçalves (PSOL), ao lado do Instituto Guaicuy, o Projeto Manuelzão e o Fórum Permanente do São Francisco. As provas entregues ao Ministério Público de Minas Gerais apontam que Charles Soares de Sousa, ex-chefe da superintendência regional de Meio Ambiente metropolitana (Supram) teria sido responsável por uma série de atos em favor da mineradora Gute Schit, entre eles o perdão de multas milionárias e ampliação da licença de operação da empresa até 2023.
Antes de integrar o quadro da Supram, em junho deste ano, Charles ainda teria atuado para a MA Consultoria - uma empresa ligada à Fleurs Mineração, que pertence ao mesmo grupo econômico da Gute, conforme aponta a denúncia.
O servidor foi exonerado no último dia 20 e o governo de Minas Gerais anunciou que está reavaliando todas as decisões tomadas pelo ex-funcionário no tempo em que esteve no cargo. Um aditivo que permitia a ampliação da área de atuação da Gute Schit para realização de uma obra de drenagem já foi anulado.
Histórico
A atividade da Gute Schit é um dos principais dos principais pontos de discordância entre o governo e a prefeitura sobre a Serra do Curral. O executivo municipal acusa a empresa de atuar ilegalmente em uma área tombada como patrimônio municipal. Até o último dia 15 de setembro, a Gute Schit já recebeu 88 autos de infração que, somados, chegam a R$ 6,5 milhões.
A empresa atua no limite do bairro Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte, com o município de Sabará, na região Metropolitana. A exploração de minério de ferro no local é questionada por ambientalistas e vereadores de Belo Horizonte que denunciam impactos ambientais negativos pela ação da mineração na região, entre eles a poluição atmosférica, o trânsito de veículos pesados e o afugentamento de animais pela poluição sonora, entre outros.
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Em nota, a mineradora Gute Schit se manifestou alegando que atua amparada em autorizações dos órgãos responsáveis e que todo o empreedimento na Serra do Curral está em conformidade com a legislação estadual. (confira a nota na íntegra abaixo).
Já o governo de Minas Gerais alegou, também em nota, que "todos os atos do servidor estão sendo revisados, inclusive o TAC que permite a operação da mineradora, que poderá ser suspenso caso não haja comprovação da necessidade emergencial da obra de drenagem que causou a supressão vegetal irregular identificada pelo Governo de Minas", afirma.
O governo também alega foi responsável por apontar as irregularidades e que contribui com a investigação do Ministério Público de Minas Gerais.
Resposta da Gute Schit:
A Mineração Gute Sicht realiza as suas atividades com todas as autorizações dos órgãos responsáveis, encontrando-se o empreendimento em absoluta conformidade com a legislação ambiental e minerária.