Otto Levy, que assumirá a pasta do Planejamento, afirmou que quem puder contribuir será recontratado

Fonte:em.com.br

As centenas de demissões de comissionados do governo de Minas publicadas nesta terça-feira (1), em um dos últimos decretos do ex-governador Fernando Pimentel (PT), não agradaram e não ajudam o início do governo do empossado Romeu Zema (NOVO). A fala é do novo secretário de Planejamento e Gestão Otto Levy Reis, que afirmou que parte dos exonerados pode ser recontratada nos próximos dias.
“A partir de amanhã vamos discutir com o governador, mas obviamente o povo mineiro espera austeridade. Claro que vamos avaliar, mas somente as pessoas que efetivamente tem algo a contribuir com estado permanecerão”, afirmou. De acordo com Otto Levy, apesar de o antigo governo ter alegado estar atendendo a uma demanda de Zema, as exonerações não foram combinadas.

"A gente não queria"

“Fomos apenas comunicados. A gente não queria que isso acontecesse, tínhamos um plano efetivamente de fazer a redução, mas de uma maneira mais planejada e não da maneira que foi feita”, afirmou o novo secretário de Planjamento. De acordo com ele, a nova gestão ainda vai avaliar o impacto e a abrangência do decreto publicado, mas será preciso que algumas pessoas voltem para o estado funcionar.

Questionado se o ato traria prejuízo ao início da administração, Levy afirmou que o governo vai tomar todas as medidas para que isso não aconteça. “Mas sem dúvida alguma, não ajudou nosso início de governo. Não foi um pedido do governador Zema”, reforçou.

O decreto publicado no Minas Gerais exonera diversos funcionários de cargos de recrutamento amplo e limitado, de acordo com os cargos.

Em nota divulgada na última sexta-feira (28), a Secretaria de Planejamento e Gestão havia informado que todos os secretários e dirigentes de órgãos estaduais, além de ocupantes de cargos comissionados em todos os níveis e assessores a partir dos cargos DAD 9 e DAI 33 seriam exonerados.

A alegação do governo Pimentel foi que a medida “visa atender a reiteradas manifestações públicas de integrantes indicados do governo eleito”. A nota diz ainda que o governo Pimentel tomou a medida “discordando desta postura” por estar certo “do baixo impacto do conjunto de comissionados no montante da folha de pagamentos do estado e desse valor na condução das polícias públicas estaduais”.

Demissões na Uai

Otto Levy afirmou que só na sexta-feira (4) terá um posicionamento sobre os 452 funcionários contratados via MGS para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) da Praça Sete.

Uma ordem de serviço do antigo secretário, Helvécio Magalhães, determina que uma concessionária assuma os serviços da unidade, na modalidade de Parceria Público Privada (PPP).

Funcionários foram à cerimônia de posse pedir a Zema que garanta a realocação dos servidores, caso se concretize o processo de substituição. Apesar de vinculados à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), eles prestaram concurso ou participaram de processo seletivo, já que a MGS é uma empresa pública vinculada à Seplag.