SEGURANÇA PÚBLICA

Facções criminosas têm utilizado os rios Paranaíba, Grande e Paraná - na divisa de Minas Gerais com São Paulo e Mato Grosso do Sul - para o transporte de drogas, armas e contrabando. O fluxo pelas hidrovias fluviais transformou o Triângulo Mineiro em rota estratégica para o crime organizado, levando as forças de segurança dos três estados a montar uma força-tarefa de combate.

O Hoje em Dia teve acesso a informações sobre a força-tarefa montada para conter as ações ilegais na região do Triângulo Mineiro, considerada estratégica para o escoamento de itens ilícitos. O plano prevê o monitoramento dos cursos d'água e o reforço das operações conjuntas, com participação das polícias Militar e Civil, além da Marinha do Brasil, responsável por mapear áreas fluviais e lacustres usadas pelo tráfico e para descaminho.

A iniciativa foi discutida na quarta-feira (29), durante uma reunião estratégica de segurança pública em Iturama, no Triângulo Mineiro. O encontro, promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG), reuniu representantes das forças de segurança de Minas, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de órgãos federais e das Forças Armadas. 

De acordo com o subsecretário de Integração de Segurança Pública da Sejusp MG, Christian Viana, o objetivo da reunião foi o alinhamento estratégico para enfrentamento à criminalidade na macrorregião.

“Vamos focar principalmente nos rios Paranaíba, Rio Grande e Rio Paraná, que são hidrovias utilizadas pela criminalidade. Delineamos as primeiras estratégias, os primeiros pontos de ação que, nos próximos meses, vão desaguar em diversas operações nessa região”, explicou. 

Segundo Viana, o trabalho conta ainda com a participação da Marinha do Brasil, que realiza mapeamentos dos ilícitos nas áreas fluviais e junto a lagos nas divisas dos estados. "Tivemos um briefing bastante completo em que dissecamos a criminalidade da região e começaremos a estruturar as estratégias de enfrentamento”, completou.

Iturama foi reconhecida como ponto estratégico para o fortalecimento das políticas públicas de segurança por estar na confluência entre Minas, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A região já é reconhecida como rota de narcotráfico e contrabando, o que reforça a necessidade de atuação conjunta.