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Resgates voluntários estão autorizados a retornarem 'imediatamente' ao socorro nas estradas mineiras

04/01/2019 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h41 por Admin


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Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br

As instituições de resgate voluntário nas estradas de Minas, que estavam paralisadas desde a última quarta-feira (2) em manifestação contrária às novas exigências de credenciamento exigidas pelo Corpo de Bombeiros, poderão retornar imediatamente ao atendimento às vítimas de acidentes de trânsito nas rodovias mineiras. Para isso, porém, deverão cumprir alguns critérios, como o cadastramento na corporação.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ampliação no prazo para regularização foi acordada após reunião com representantes do voluntariado na tarde desta sexta-feira (4), na Cidade Administrativa.

De acordo com o presidente do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), Renato Carvalho, o encontro beneficiou "todos os grupos voluntários" de Minas Gerais. No Estado, são 45 as instituições que prestam o serviço. "Estamos autorizados a voltar a funcionar. Ganhamos prazos para nos adequarmos à nova portaria. Alguns pontos do documento serão revistos e flexibilizados", afirmou.

Condições para o retorno

Mesmo autorizados a atuar, os grupos voluntários deverão cumprir as seguintes condições, acordadas no encontro, segundo informações de Carvalho:

- Em até 10 dias: a Associação dos Bombeiros Voluntários e Equipes de Resgate de Minas Gerais (VolunterMinas) devem encaminhar ao Corpo de Bombeiros a lista de todas as instituições vinculadas;

- Após esse prazo, inicia-se contagem de 30 dias para que todas as instituições formalmente vinculadas à VolunterMinas façam um cadastro no Corpo de Bombeiros.

Em seguida, ainda segundo Carvalho, instituições, militares e Secretaria Estadual de Saúde discutirão alguns pontos e flexibilizarão outros da portaria 33.

"Irão flexibilizar algumas coisas rigorosas, como a obrigação de termos um enfermeiro ou médico em cada viatura", disse Renato. Segundo ele, haverá discussões com a SES para a capacitação dos socorristas voluntários.

Com o retorno da atuação, estradas como a BR-381, conhecida como rodovia da morte, em João Monlevade, na região Central do Estado, além da 040, 262 e 116, voltarão a contar com o trabalho desses socorristas.

O caso

Uma portaria publicada em julho de 2018 deu prazo até a última terça-feira (1º) para que as equipes contassem com a presença de um médico ou profissional de enfermagem nos atendimentos.

Além disso, todos os socorristas deveriam passar por uma capacitação; as ambulâncias não poderiam estar pintadas em vermelho e os uniformes deveriam ser padronizados.

(Com Simon Nascimento)