VALE DO AÇO
Vítimas encontradas em Belo Oriente são suspeitas de pertencer à gangue
Quatro jovens foram encontrados mortos ontem em uma plantação de eucalipto a 500 metros da BR–381, em Belo Oriente, no Vale do Aço. Eles foram brutalmente executados a tiros, um deles chegou a ficar com o rosto desfigurado.
Há suspeita de que os crimes tenham sido motivados por vingança pela morte do policial militar da reserva Carlos Roberto da Silva Costa, o Xerifinho, de 66 anos, no dia 9 de março, em Ipatinga, também no Vale do Aço.
Paulo Ricardo Gonçalves Vieira, de 21 anos, Eliézio Breno Nascimento, de 19, e os irmãos Daniel Rodrigues da Silva, de 22, e Fernando Rodrigues da Silva, de 21, moravam no bairro Nova Esperança, em Ipatinga, comunidade ainda em fase de urbanização.
Segundo o capitão Anselmo Pedrosa, do 14º Batalhão da PM, com sede em Ipatinga, eles eram conhecidos por fazer parte da ‘gangue do Esperança’. “Quando o cabo da PM foi morto, surgiram várias suspeitas de autoria, entre elas, a gangue do Esperança, por latrocínio (roubo seguido de morte)”, afirmou o capitão.
Plantação
Os corpos foram localizados por volta das 10h de ontem, em uma área pertencente a uma indústria produtora de celulose. Funcionários da empresa se depararam com os corpos em uma plantação de eucalipto e chamaram a polícia.
“Os jovens tinham várias marcas de bala pelo corpo, de mais de um calibre. Claramente, foi uma execução”, disse o capitão. Embora a quantidade de mortos configure uma chacina, ele evita o termo. “Chacina é uma ação dirigida a um grupo específico em um mesmo local, ainda precisamos de informações mais contundentes para confirmar isso”, disse o policial.
Segundo familiares das vítimas, eles estavam em Porto Seguro (BA) e chegariam em Ipatinga às 5h de ontem. Há a suspeita que o ônibus tenha sido interceptado na estrada, mas não houve nenhum registro desse tipo por parte de empresas de transporte.