No ano passado, o projeto P4Tree contou com seis cabines e neste ano o número foi ampliado para 100

Um dos maiores incômodos dos foliões e moradores de Belo Horizonte durante o Carnaval: a urina pelas ruas, vai se tornar produto de um projeto sustentável, que vai transformar a urina em adubo para os jardins da cidade. Esta é a segunda vez que a cidade adota a medida, no entanto neste ano o projeto será ampliado para mais banheiros químicos.

No ano passado, o projeto P4Tree contou com seis cabines durante os quatro dias de carnaval. Neste ano, ele foi ampliado e o projeto contará com 100 diárias de banheiros químicos que estarão dispostos em pontos estratégicos na avenida Brasil e na praça Sete, ambas na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A ação, que faz parte do eixo ‘Sustentabilidade e Inovação’ do Carnaval de Belo Horizonte, receberá identificação especial, além de uma equipe para orientar os foliões, informando-os sobre a tecnologia e objetivos do projeto.

Após a coleta, o material transformado em adubo será aproveitado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. A expectativa é que sejam produzidos 50 kg de fertilizantes a partir da retenção de fósforo da urina. O adubo será usado no Jardim Botânico e em jardins e parques da cidade.

Funcionamento do P4Tree

A ação será feita a partir da instalação de sachês de 200g do material P4Tree nos banheiros químicos identificados. Em contato com o xixi, o coletor irá filtrar e separar o fósforo do restante dos elementos presentes no reservatório.

Para que não se tenha perda do material, as cabines do projeto ficarão em locais fixos, diferente do ano passado.

Os sachês serão instalados cerca de uma hora antes do horário de início da programação de cada dia. Ao final de cada noite, será retirado o material. Na quarta-feira de cinzas, as amostras serão levadas para o laboratório de Química da UFMG, onde passarão por um processo de desinfecção.