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Segundo relatos, por volta de 1850, foram feitos os primeiros plantios de uva por uma família que passou a produzir vinhos. Em pouco tempo, outros produtores aderiram à ideia. O cultivo era feito em grandes áreas nos quintais das casas e fazendas. A produção, beneficiada pelo solo, clima e altitudes favoráveis, teve seu auge a partir de 1940. Cerca de 30 anos depois, começou o declínio da atividade. A falta de renovação das plantas provocou o desgaste das parreiras e muitas lavouras foram ocupadas por construções.
Porém, agricultores das famílias que antigamente produziam uvas, e que ainda têm videiras remanescentes nos quintais, se interessaram em voltar a produzir a fruta, como alternativa de renda. Para garantir o plantio com técnicas adequadas e eficientes, procuraram a Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
“Implantamos três unidades demonstrativas em propriedades do município. A primeira área foi plantada no ano passado, com 250 mudas e está prestes a iniciar a colheita. As outras duas unidades foram formadas recentemente e começam a produzir no ano que vem. No total foram plantadas 550 mudas. A formação destas unidades demonstrativas está despertando o interesse de mais produtores da região”, explica o técnico da Emater-MG no município, Valdecir de Oliveira Cirino.
As variedades plantadas são a Niágara Rosa, a Niágara Bordô e a Isabel Precoce. Estas uvas foram escolhidas pela rusticidade e boa tolerância a doenças. Os agricultores também estão investindo em projetos de irrigação para as lavouras e a produção esperada é de 10 a 12 toneladas por hectare na primeira safra e de 15 a 20 toneladas nas safras seguintes. Para o ano que vem, a expectativa é que sejam implantadas três novas unidades em outras propriedades de Congonhas do Norte.
Produção de vinhos
O técnico da Emater-MG explica que a ideia é vender as uvas para o consumo in natura e também para produção artesanal de sucos e vinhos.
“Além de Congonhas do Norte, a fruta pode ser comercializada nas feiras dos municípios de Conceição do Mato Dentro e de Diamantina. Outra possibilidade é a comercialização por agricultores familiares, que investirem na produção de uva, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, afirma.
A produtora Maria Saldanha é uma das responsáveis pela retomada da produção de uvas em Congonhas do Norte. Ela conta que a atividade era desenvolvida pelos avós e pelos pais há mais de 60 anos e que, na propriedade da família, ainda se encontram algumas videiras antigas, que estão sendo recuperadas.
Depois de se aposentar, Maria Saldanha voltou a morar no município. Com a intenção de fazer um novo plantio de uvas, com as variedades adequadas, procurou a Emater-MG e está entusiasmada com os pés carregados. “Os pés estão lindos. Cheios de cachos”, comemora.
De acordo com a produtora, no sítio onde vive já existe produção de café, milho e frutas para o consumo familiar, além de um pequeno rebanho leiteiro. Ela também tem um alambique para produção de cachaça artesanal, mas quer ampliar a produção de bebidas. “Vamos usar a estrutura que já existe para produção de cachaça e começar também a produção de vinho artesanal. Essa é a nossa ideia, diversificar”, afirma.
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Congonhas do Norte é um município localizado na região central de Minas Gerais, a cerca de 200 quilômetros de Belo Horizonte. No campo, as principais atividades desenvolvidas são a bovinocultura de leite e corte, a produção de cachaça, hortaliças, milho e feijão. Porém, uma fruta que já foi muito cultivada há mais de um século promete ocupar novamente as terras locais: a uva.
Segundo relatos, por volta de 1850, foram feitos os primeiros plantios de uva por uma família que passou a produzir vinhos. Em pouco tempo, outros produtores aderiram à ideia. O cultivo era feito em grandes áreas nos quintais das casas e fazendas. A produção, beneficiada pelo solo, clima e altitudes favoráveis, teve seu auge a partir de 1940. Cerca de 30 anos depois, começou o declínio da atividade. A falta de renovação das plantas provocou o desgaste das parreiras e muitas lavouras foram ocupadas por construções.
Porém, agricultores das famílias que antigamente produziam uvas, e que ainda têm videiras remanescentes nos quintais, se interessaram em voltar a produzir a fruta, como alternativa de renda. Para garantir o plantio com técnicas adequadas e eficientes, procuraram a Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
“Implantamos três unidades demonstrativas em propriedades do município. A primeira área foi plantada no ano passado, com 250 mudas e está prestes a iniciar a colheita. As outras duas unidades foram formadas recentemente e começam a produzir no ano que vem. No total foram plantadas 550 mudas. A formação destas unidades demonstrativas está despertando o interesse de mais produtores da região”, explica o técnico da Emater-MG no município, Valdecir de Oliveira Cirino.
As variedades plantadas são a Niágara Rosa, a Niágara Bordô e a Isabel Precoce. Estas uvas foram escolhidas pela rusticidade e boa tolerância a doenças. Os agricultores também estão investindo em projetos de irrigação para as lavouras e a produção esperada é de 10 a 12 toneladas por hectare na primeira safra e de 15 a 20 toneladas nas safras seguintes. Para o ano que vem, a expectativa é que sejam implantadas três novas unidades em outras propriedades de Congonhas do Norte.
Produção de vinhos
O técnico da Emater-MG explica que a ideia é vender as uvas para o consumo in natura e também para produção artesanal de sucos e vinhos.
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A produtora Maria Saldanha é uma das responsáveis pela retomada da produção de uvas em Congonhas do Norte. Ela conta que a atividade era desenvolvida pelos avós e pelos pais há mais de 60 anos e que, na propriedade da família, ainda se encontram algumas videiras antigas, que estão sendo recuperadas.
Depois de se aposentar, Maria Saldanha voltou a morar no município. Com a intenção de fazer um novo plantio de uvas, com as variedades adequadas, procurou a Emater-MG e está entusiasmada com os pés carregados. “Os pés estão lindos. Cheios de cachos”, comemora.
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