Depois da morte de um funcionário por soterramento nesta sexta-feira (18/12) nas dependências da empresa, a prefeitura de Brumadinho emitiu decreto suspendendo alvará de funcionamento e localização da Vale e de suas terceirizadas na cidade. A medida será válida por sete dias ou até que o acidente seja devidamente esclarecido pela mineradora e pelas autoridades.

O decreto também afirma que a determinação ocorrerá até que a empresa garanta a segurança dos trabalhadores da empresa no local de trabalho.  De acordo com a prefeitura, a cassação do alvará não interfere nas obras da adutora no Rio Paraopeba nem as operações de buscas do Corpo de Bombeiros pelas 11 vítimas desaparecidas do rompimento da barragem.

O município também informou que as empresas responsáveis pela oeração do sistema de filtragem da água retirada do Córrego Ferro e Carvão e na estação de bombeamento instalada nas confluências da estrada de Alberto Torres e pela limpeza das caixas d´água na comunidade do Tejuco poderão operar normalmente.

Morte ocorreu após desmoronamento de talude

O trabalhador morreu após um talude desmoronar na Mina Córrego do Feijão, próximo ao local do rompimento da barragem B1, que matou 259 pessoas e deixou outras 11 desaparecidas em 25 de janeiro do ano passado. Ele era funcionário de uma terceirizada e guiava uma retroescavadeira no momento do acidente. O nome do operador não foi divulgado pela empresa. As causas do óbito serão investigadas pela Polícia Civil. 

O soterramento ocorreu numa área de descarte de material e distante do local onde o Corpo de Bombeiros mantém os trabalhos de buscas dos restos mortais ainda não encontrados do desastre de 2019.

Resposta da Vale

Em nota, a Vale afirma que se solidariza com óbito nas dependências da empresa e apoiará as investigações do acidente: "Imediatamente após o acidente, a Vale paralisou suas atividades em Córrego do Feijão. A empresa segue apoiando as autoridades na apuração das causas e seguirá mantendo diálogo permanente com os órgãos públicos competentes".