array(31) {
["id"]=>
int(129158)
["title"]=>
string(76) "Prefeito de Tiradentes é investigado por suposta improbidade administrativa"
["content"]=>
string(4001) "TERRENO
O prefeito de Tiradentes, no Campo das Vertentes, Nilzio Barbosa (MDB), mais conhecido como Pinto, é investigado na Justiça por improbidade administrativa após uma suposta transferência irregular de imóvel para o próprio irmão no apagar das luzes do penúltimo mandato dele, que encerrou em 2012. O terreno, de 75 mil metros quadrados, que já estava aforado ao irmão desde a década de 70, foi resgatado por cerca de R$ 211 mil, embora valha, de acordo com avaliações técnicas, cerca de R$ 3,5 milhões.
A ação foi proposta após um inquérito conduzido pelo Ministério Público (MP) a partir de uma denúncia anônima. Depois da concessão, o irmão do prefeito repassou o imóvel a uma incorporadora da própria família pelo valor de R$ 350 mil e hipotecou o terreno por quase R$ 2,9 milhões. Em maio de 2020, segundo o MP, o terreno em questão foi fundido a um imóvel onde hoje funciona um grande resort na cidade.
A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou, liminarmente, que a prefeitura se abstenha de aprovar quaisquer projetos de construção de obras no terreno.
Para o MP, a primeira ilegalidade é que o terreno aforado não poderia ser alienado por não possuir nenhum tipo de edificação, como exige uma lei municipal de 1977. “Não restando caracterizada situação de resgate de aforamento, a transação efetivada entre a Prefeitura de Tiradentes e segundo e terceira requeridas foi, de fato, compra e venda ilegal, ante o fato da inexistência de prévia autorização legislativa e prévio procedimento licitatório, tendo sido pago valor muito aquém do mercado, em absoluta violação às normas vigentes e aos princípios que regem a atividade de administração pública, patenteando-se a má-fé dos demandados. Como se não bastasse o flagrante desrespeito ao princípio da legalidade, vieram os requeridos, quando da transmissão ilegal da propriedade do imóvel público não passível de resgate de aforamento, a desrespeitar também os princípios da isonomia, impessoalidade e moralidade”, alega o MP.
Na defesa, o advogado Carlos Ferreira da Costa Neto primeiro qualificou como “vergonhosa” a denúncia ter sido feita de forma anônima para ofender a honra e a dignidade dos clientes. Depois, sobre o terreno em si, explicou que é uma área inundável e que não houve ilegalidade na aquisição do título definitivo.
Segundo o defensor, o aforamento foi extinto em 2002 pelo Código Civil, que determinava o prazo de dez anos para a regularização do foreiro. O advogado alega que buscou informações junto ao poder público sobre como agir para ter o título definitivo e que o município ofereceu uma avaliação de laudêmio de R$ 350 mil e que tudo foi feito “na forma da lei”.
A Procuradoria da Prefeitura de Tiradentes afirmou à coluna que acompanha o processo e que, no momento, não vê necessidade de rever o ato de transferência do imóvel, mas que, se for necessário, poderá modificar. A Câmara Municipal abriu na semana passada uma comissão para acompanhar o andamento do processo.
"
["author"]=>
string(37) "LUCAS HENRIQUE GOMES E LETÍCIA FONTE"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(579056)
["filename"]=>
string(16) "tiradentesmg.jpg"
["size"]=>
string(5) "53723"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(9) "politica/"
}
["image_caption"]=>
string(113) "A Procuradoria da Prefeitura de Tiradentes afirmou que acompanha o processo /Foto: Luiz César Costa/Divulgação"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(145) "Nilzio Barbosa (MDB) é acusado de suposta transferência irregular de imóvel para o próprio irmão em 2012
"
["author_slug"]=>
string(36) "lucas-henrique-gomes-e-leticia-fonte"
["views"]=>
int(267)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(75) "prefeito-de-tiradentes-e-investigado-por-suposta-improbidade-administrativa"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-05 14:11:41.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-05 14:11:41.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-05-05T14:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(25) "politica/tiradentesmg.jpg"
}
TERRENO
O prefeito de Tiradentes, no Campo das Vertentes, Nilzio Barbosa (MDB), mais conhecido como Pinto, é investigado na Justiça por improbidade administrativa após uma suposta transferência irregular de imóvel para o próprio irmão no apagar das luzes do penúltimo mandato dele, que encerrou em 2012. O terreno, de 75 mil metros quadrados, que já estava aforado ao irmão desde a década de 70, foi resgatado por cerca de R$ 211 mil, embora valha, de acordo com avaliações técnicas, cerca de R$ 3,5 milhões.
A ação foi proposta após um inquérito conduzido pelo Ministério Público (MP) a partir de uma denúncia anônima. Depois da concessão, o irmão do prefeito repassou o imóvel a uma incorporadora da própria família pelo valor de R$ 350 mil e hipotecou o terreno por quase R$ 2,9 milhões. Em maio de 2020, segundo o MP, o terreno em questão foi fundido a um imóvel onde hoje funciona um grande resort na cidade.
A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou, liminarmente, que a prefeitura se abstenha de aprovar quaisquer projetos de construção de obras no terreno.
Para o MP, a primeira ilegalidade é que o terreno aforado não poderia ser alienado por não possuir nenhum tipo de edificação, como exige uma lei municipal de 1977. “Não restando caracterizada situação de resgate de aforamento, a transação efetivada entre a Prefeitura de Tiradentes e segundo e terceira requeridas foi, de fato, compra e venda ilegal, ante o fato da inexistência de prévia autorização legislativa e prévio procedimento licitatório, tendo sido pago valor muito aquém do mercado, em absoluta violação às normas vigentes e aos princípios que regem a atividade de administração pública, patenteando-se a má-fé dos demandados. Como se não bastasse o flagrante desrespeito ao princípio da legalidade, vieram os requeridos, quando da transmissão ilegal da propriedade do imóvel público não passível de resgate de aforamento, a desrespeitar também os princípios da isonomia, impessoalidade e moralidade”, alega o MP.
Na defesa, o advogado Carlos Ferreira da Costa Neto primeiro qualificou como “vergonhosa” a denúncia ter sido feita de forma anônima para ofender a honra e a dignidade dos clientes. Depois, sobre o terreno em si, explicou que é uma área inundável e que não houve ilegalidade na aquisição do título definitivo.
Segundo o defensor, o aforamento foi extinto em 2002 pelo Código Civil, que determinava o prazo de dez anos para a regularização do foreiro. O advogado alega que buscou informações junto ao poder público sobre como agir para ter o título definitivo e que o município ofereceu uma avaliação de laudêmio de R$ 350 mil e que tudo foi feito “na forma da lei”.
A Procuradoria da Prefeitura de Tiradentes afirmou à coluna que acompanha o processo e que, no momento, não vê necessidade de rever o ato de transferência do imóvel, mas que, se for necessário, poderá modificar. A Câmara Municipal abriu na semana passada uma comissão para acompanhar o andamento do processo.