RIO DOCE


O prefeito de Governador Valadares, no Rio Doce, André Merlo (PSDB), informou nesta quinta-feira (30) que vai processar a Samarco após a enchente que atingiu a cidade nos últimos dias.

Segundo o prefeito, com a cheia do rio Doce que alagou a cidade foram encontrados vestígios da lama proveniente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, no ano de 2015.

"É uma catástrofe à qual Governador Valadares está sujeita por ser uma cidade ribeirinha, e devemos estar sempre preparados", disse Merlo sobre a chuva por meio da assessoria de imprensa. Ele alega que essa foi umas piores enchentes e que dessa vez a água trouxe uma "lama fétida, viscosa e visivelmente cheia de minério".

Na visão do prefeito os resquícios do minério dificultaram a limpeza e trazem danos a população.  "O crime continua. Essa lama, que nunca foi tanta e dessa consistência, é o que permanece no rio depois de anos. Vamos portanto, pleitear sim, na justiça, reparação para a cidade, e principalmente para o povo que sofre as consequências", completou o prefeito, também pela assessoria. 

O que diz a Renova 

A Fundação Renova disse que está acompanhando o aumento dos  volumes de chuva em Minas Gerais e no Espírito Santo e os reflexos nos municípios dos Estados. 

"A Fundação esclarece que não há evidências de que o rompimento da barragem de Fundão tenha causado impactos na elevação dos níveis do leito e das margens e de turbidez, os quais ocorrem por consequência de cheias sazonais naturais", informou a empresa.

Ainda de acordo com a Renova, o Relatório de Consolidação de Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH), feito com base em pesquisas realizadas em Mariana e Barra Longa e divulgado em dezembro passado, concluiu que não há metais decorrentes da barragem do Fundão que representem risco toxicológico à saúde humana. 

"A partir do trabalho de reparação iniciado pela Fundação Renova foi possível melhorar e aumentar a garantia da qualidade da água consumida pela população. Em Governador Valadares, todas as cinco Estações de Tratamento de Águas (ETA’s) passaram por reparos que garantem a qualidade da água após o seu tratamento", conclui a nota