Prefeito de Belo Horizonte convocou coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira e ressalta que PBH não vai aceitar valor para o transporte público
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), afirmou estar “assustado” com os números apresentados pelos documentos que apelidou de “caixa preta” da BHTrans. Ele convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira para divulgar as informações. De acordo com Kalil, para que as despesas do transporte público fossem supridas o preço da passagem deveria ser de R$ 6,35. Ele ressalta que a PBH não vai aceitar esse valor.
Além disso, outra análise, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) apontou que o preço da passagem está, de qualquer maneira, defasado e deveria ser entre R$ 5,04 e R$ 5,61. Essa foi a mesma base que foi utilizada pelo Tarifa Zero para afirmar que o preço da passagem deveria ser de R$ 3,45.
Ele diz, também, que “nada” que consta nos arquivos é definitivo em termos de preço da passagem do transporte público e promete que toda documentação será disponibilizada em DVD e no site da Prefeitura de Belo Horizonte.
Kalil alega que os contratos dos últimos onze anos não possuem irregularidades e que há defasagem contratual por causa de uma “crise profunda” na economia. “Esse número (preço da passagem) é maravilhoso para a empresa, mas estamos em crise”, afirma. Ele também relembra que não houve aumento entre 2013 a 2016 e entre 2017 e 2018.
Além disso, Kalil diz estar disposto a discutir “qualquer metodologia e parte técnica”, desde que a base seja o tempo que está à frente do município. O prefeito se reúne, às 14h desta sexta-feira, com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra). “Queremos saber se Setra quer trabalhar junto conosco”, diz