RETORNO

A manhã de sol deste primeiro domingo (25) após a flexibilização das restrições para conter a Covid-19 em Belo Horizonte levou muitas pessoas para a praça da Liberdade. 

O casal Tiago Guerra Oliveira, 34, e Carolina Meireles, 39, aproveitaram para levar a filha para brincar, coisa que costumavam a fazer diariamente antes da pandemia. Tiago conta que gostou muito de aproveitar o espaço em família. "Acho muito positivo, com todo mundo tomando as devidas precauções é importante para a saúde da nossa filha e pra nossa também, até pra saúde mental", relatou.

Já sua mulher, Carolina, disse que se sentiu bem em ir na praça, mas achou o espaço muito cheio. "Como os parques ainda não foram liberados, acabou juntando muita gente e se eles estivessem abertos ia ter mais opções e não ia aglomerar tanta gente aqui.

Claudia Voiski, 41, foi para a praça junto com o marido para levar os cachorros do casal para dar uma volta. Ela elogiou a abertura do espaço, mas críticou o fato de algumas pessoas estarem sem máscara no local. "Está muito cheio e tem muita gente que está sem máscara, então dá um pouco de medo. Foi bom para trazer os cachorros, pra gente passear, eles estavam sentido muita falta porque tinham costume de vir aqui, mas a população tem que ajudar também", afirmou.

Já na praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia, na região leste, a maior parte dos frequentadores eram crianças acompanhadas pelos pais.

Luciana da Silva Santos, 31, mora ao lado da praça, que conta com vários brinquedos e levou o filho para ele se divertir. "Para as crianças que ficaram presas dentro de casa quase um ano e meio é maravilhoso. Essa é a única saída que a gente tem, não temos a possibilidade de levar para outros lugares, então a pracinha é a solução que temos pra ele brincar e ver outras crianças", explicou.

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Muita gente aproveitou para fazer caminhada na manhã deste domingo

/Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

 

A praça da Assembleia, na região centro-sul, também estava com muitas crianças, mas ao contrário dos outros locais, diversos tipos de ambulantes estavam por lá. Brinquedos infláveis, pula-pulas, carrinhos elétricos de aluguel, vendedores de água de coco e barracas de brinquedos funcionavam no espaço. 

Os comerciantes disseram que estavam vendendo, mas se sentiam muito inseguros e com medo de aparecer algum tipo de fiscalização. Eles preferiram não informar a identidade, mas um deles contou que há algumas semanas teve seus materiais apreendidos e acabou com um prejuízo de quase 15 mil reais.

A poucos metros dos brinquedos o músico Adison Miranda, 57, tocava seu saxofone, criando uma trilha sonora para quem passava por ali. "A abertura dos espaços públicos é a melhor coisa que o poder público fez pela comunidade, porque é uma forma das pessoas se divertirem e desestressarem" avalia. Ele conta que sempre toca na praça nos fins de semana e o volume de pessoas é o esperado para um domingo.

O aposentado Dougla Machado,65, foi levar as netas para brincarem. "Estou achando as pessoas muito conscientes, muita gente usando máscara, inclusive as crianças. Está muito legal", conta. Para ele foi bom tirar as crianças do apartamento e deixar elas brincarem ao ar livre, pois em casa as opções são limitadas.

A orla da Lagoa da Pampulha, apresentou uma movimentação moderada no começo da tarde de domingo, no primeiro fim de semana após a onda roxa em Belo Horizonte.

Diferentemente das praças visitadas pela reportagem, o número de pessoas sem máscara na orla era maior, principalmente entre as pessoas que se abrigavam debaixo das árvores nos arrdores da Igrejinha da Pampulha. 

A família de Wanderson Castilho de Souza, 46, era uma das poucas que usava a proteção. Ele conta que veio de Lagoa Santa, na região metropolitana, com a mulher e a filha para Belo Horizonte em busca de um shopping. Eles não sabiam que o comércio estava fechado e por isso foram para a orla. "Está sendo muito bom depois de tanto tempo dentro de casa, sem poder sair para dar uma caminhada ou levat minha filha para passear. Estamos aqui aproveitando uma sombrinha depois do almoço", contou.

Cleusa Maria da Cruz saiu de casa, no Coração Eucarístico, para desfrutar o domingo em família. "Viemos dar uma volta e aproveitar esse sol e esse céu lindo, dar uma camimhada e curtir um pouco, respeitando sempre o distanciamento", disse. Ela estava acompanhada da filha, com a irmã e a sobrinha. "Aqui está bom, sem muitas pessoas, com um vento muito gostoso, então estamos aproveitando", comemora.