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A pesquisa foi conduzida pelo climatologista Alceu Raposo Júnior, que utilizou uma estação móvel de qualidade do ar do modelo DustTrak DRX 8533. O aparelho é amplamente usado em estudos ambientais por permitir coletas precisas, em tempo real, das partículas sólidas suspensas no ar – como o material particulado inalável (MP10) e o fino (MP2,5).
O equipamento funciona com um sistema óptico de leitura a laser: aspira o ar por uma bomba interna e projeta o fluxo em um feixe de luz. As partículas desviam o laser, e essa dispersão é convertida em dados de concentração, que são gravados automaticamente.
Estação móvel alimentada por bateria e com GPS
A estação foi instalada em um veículo, alimentada por bateria e com GPS, o que possibilitou mapear as principais avenidas da capital com base no georreferenciamento.
“Em termos simples, significa que em um volume de um metro cúbico de ar – o equivalente a uma caixa de 1m x 1m x 1m – não deveria haver mais do que 45 microgramas de partículas sólidas suspensas, como poeira, fuligem e resíduos da queima de combustível. Quando esse limite é ultrapassado, o ar passa a ser considerado ‘impróprio’ ou ‘nocivo’ à saúde humana, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias”, explica Raposo.
Inverno agrava significativamente a poluição na capital
As medições foram realizadas em duas campanhas de campo: no período seco, de 1º a 10 de agosto de 2022, e no período chuvoso, de 30 de outubro a 10 de novembro de 2023. A comparação revelou que o inverno agrava significativamente a poluição na capital, com concentrações até 40% maiores em relação ao verão, devido à baixa umidade, à ausência de chuvas e à ocorrência de inversão térmica, quando o ar frio impede a dispersão de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera.
Substituição de 40% da frota atual por ônibus com energia limpa até 2030
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que "está alinhada" com planos e metas de redução e fiscalização de agentes poluidores. A cidade conta com o chamado Plano de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa (PREGEE), com a meta de reduzir em 20% as emissões até 2030. "Podendo alcançar 41% até 2040", informou.
A metrópole conta também com o Plano Local de Ação Climática (PLAC), lançado em 2022, que reúne estudos técnicos e ações para enfrentar o aquecimento global, mapeando políticas, planos e projetos voltados à ação climática. Além disso, informa a PBH, o Plano Diretor estabeleceu o compromisso de garantir a gestão sustentável dos recursos naturais, de forma a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a poluição do ar.
O Plano Diretor da capital tem como meta a substituição de 40% da frota atual por ônibus com energia limpa até 2030. "Mais de 1 mil ônibus novos, recentemente integrados ao sistema, já possuem tecnologia sustentável Euro 6, que reduz em até 80% a emissão de poluentes", informou a prefeitura. A administração municipal também disse que assinou um protocolo de intenções com o Google. Detalhes nesse link.
Estagiária, sob supervisão do editor Renato Fonseca
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A pesquisa foi conduzida pelo climatologista Alceu Raposo Júnior, que utilizou uma estação móvel de qualidade do ar do modelo DustTrak DRX 8533. O aparelho é amplamente usado em estudos ambientais por permitir coletas precisas, em tempo real, das partículas sólidas suspensas no ar – como o material particulado inalável (MP10) e o fino (MP2,5).
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Estação móvel alimentada por bateria e com GPS
A estação foi instalada em um veículo, alimentada por bateria e com GPS, o que possibilitou mapear as principais avenidas da capital com base no georreferenciamento.
“Em termos simples, significa que em um volume de um metro cúbico de ar – o equivalente a uma caixa de 1m x 1m x 1m – não deveria haver mais do que 45 microgramas de partículas sólidas suspensas, como poeira, fuligem e resíduos da queima de combustível. Quando esse limite é ultrapassado, o ar passa a ser considerado ‘impróprio’ ou ‘nocivo’ à saúde humana, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias”, explica Raposo.
Inverno agrava significativamente a poluição na capital
As medições foram realizadas em duas campanhas de campo: no período seco, de 1º a 10 de agosto de 2022, e no período chuvoso, de 30 de outubro a 10 de novembro de 2023. A comparação revelou que o inverno agrava significativamente a poluição na capital, com concentrações até 40% maiores em relação ao verão, devido à baixa umidade, à ausência de chuvas e à ocorrência de inversão térmica, quando o ar frio impede a dispersão de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera.
Substituição de 40% da frota atual por ônibus com energia limpa até 2030
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que "está alinhada" com planos e metas de redução e fiscalização de agentes poluidores. A cidade conta com o chamado Plano de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa (PREGEE), com a meta de reduzir em 20% as emissões até 2030. "Podendo alcançar 41% até 2040", informou.
A metrópole conta também com o Plano Local de Ação Climática (PLAC), lançado em 2022, que reúne estudos técnicos e ações para enfrentar o aquecimento global, mapeando políticas, planos e projetos voltados à ação climática. Além disso, informa a PBH, o Plano Diretor estabeleceu o compromisso de garantir a gestão sustentável dos recursos naturais, de forma a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a poluição do ar.
O Plano Diretor da capital tem como meta a substituição de 40% da frota atual por ônibus com energia limpa até 2030. "Mais de 1 mil ônibus novos, recentemente integrados ao sistema, já possuem tecnologia sustentável Euro 6, que reduz em até 80% a emissão de poluentes", informou a prefeitura. A administração municipal também disse que assinou um protocolo de intenções com o Google. Detalhes nesse link.
Estagiária, sob supervisão do editor Renato Fonseca