Integrantes das polícias civil e militar garantem que vão reagir ao anúncio do governo de Minas Gerais sobre pagar maior parte apenas após o Natal
O descontentamento com a escala de pagamento dos salários de dezembro do funcionalismo estadual e a ausência de informações sobre quando o 13º salário será pago podem iniciar uma série de paralisações nos servidores da segurança pública. Nesta segunda-feira (10), os policiais civis se reúnem para discutir mobilização da categoria, enquanto os militares emitiram uma nota de repúdio prometendo uma resposta à postura do governo de Minas Gerais e não descartam a realização de uma greve.
A escala de pagamento foi anunciada na última sexta-feira (7) com a redução do valor pago na primeira parcela. Antes, os servidores recebiam R$ 3.000, agora, vão receber R$ 2.000. O restante do salário só vai ser quitado no dia 28, portanto, depois do Natal. Além disso, o governo não apresentou nenhuma novidade sobre o 13º salário.
Diante dessa situação, os policiais civis marcaram a reunião, em frente ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais, no bairro Gameleira, região Oeste, para discutir quais serão as ações tomadas pela categoria para pressionar o governo a fazer o pagamento do benefício de fim de ano. A convocação foi realizada por sete entidades de classe ligadas à corporação, que vão de representantes dos policiais aos servidores administrativos da Polícia Civil. Por enquanto a mobilização será apenas um protesto, sem paralisação.
Já os policiais e bombeiros militares afirmam que vão reagir de forma firme para garantir o pagamento do 13º. "Às vésperas do Natal, os militares são surpreendidos com mais um 'presente de grego', agora ao fim do atual 'desgoverno' de Minas, que confirma o desrespeito com que a atual gestão trata a pasta da Segurança Pública e os seus profissionais. Fomos negativamente surpreendidos com a divulgação da escala de pagamento deste mês, que nos apresentou um cenário ainda pior: a primeira parcela a ser paga, que antes era de R$ 3.000 passa a ser de R$ 2.000, e o restante do nosso salário será pago somente no fim do mês (dia 28/12). Soma-se a isso a não divulgação da data de quitação do 13º salário. O que nos está sendo negado é um direito conquistado e também a oportunidade de celebrarmos as festas de fim de ano ao lado de nossas famílias, posto que não haverá recursos", afirmou o presidente da Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), sargento Marco Antônio Bahia, por meio de nota.
Ele afirma que a possibilidade de greve não está descartada. "Nesse contexto, a Aspra e demais associações representativas da classe se reunirão para adotar medidas mais agressivas em reação à postura do governador do estado. A tropa também dará uma resposta firme e não descartamos a paralisação dos policiais e bombeiros militares até o pagamento do 13º salário", concluiu.