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Somente em Minas, 6,4 milhões de pessoas tiveram reduzida a penúria em 2020, na primeira onda da pandemia, graças ao auxílio emergencial do governo federal. Mas, agora, estão sem saber como botar comida na mesa, diante da falta de perspectivas gerada pelo avanço assustador da segunda onda.
“Estou tendo que vender água e pipoca no sinal para conseguir comer, porque não consigo emprego e não tem nenhum sinal de que o auxílio vai voltar”, explica Maria Gabriela Ferreira Costa, de 28 anos, beneficiada pelo programa no ano passado. Hoje, grávida de quatro meses, ela, junto ao marido desempregado, espreme-se entre veículos na avenida do Contorno para faturar, em média, R$ 300 mensais como ambulante.
A indefinição sobre a liberação do auxílio atinge variados outros setores e faz com que a econômica se aproxime da estagnação. Para o economista do Ibmec, Luiz Carlos Day Gama, o novo auxílio, que deve chegar ao bolso dos brasileiros em breve, não garantirá fôlego para uma retomada econômica, como ocorreu em 2020. “A demora dos entes federativos, aliada à queda de arrecadação e de capacidade da União de aumentar suas despesas, vai gerar um auxílio que terá impacto reduzido na economia”, afirma.
Enquanto a renda da população achata, autoridades discutem formas de assegurar ajuda. Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ainda aguardar sinalização positiva do governo federal para a edição da MP que institui a retomada do auxílio emergencial nos próximos meses. Em Minas, o Executivo estadual informou que, a pedido do governador Romeu Zema (Novo), a Fazenda deve apresentar estudo sobre novos programas, ou mesmo sobre a renovação de iniciativas como o Renda Minas - que ano passado beneficiou mais de 970 mil famílias -, para aplacar o sofrimento de parte da população na atual Onda Roxa de restrições, em razão da pandemia.
Na Assembleia, parlamentares também se mobilizam. Exemplo disso é um projeto de lei, apresentado pelo deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB), que prevê bolsa de R$ 1 mil a bares, restaurantes e lanchonetes e de R$ 600 as trabalhadores do setor cultural, como forma de compensação pelos reflexos das medidas de contenção da Covid-19.
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Somente em Minas, 6,4 milhões de pessoas tiveram reduzida a penúria em 2020, na primeira onda da pandemia, graças ao auxílio emergencial do governo federal. Mas, agora, estão sem saber como botar comida na mesa, diante da falta de perspectivas gerada pelo avanço assustador da segunda onda.
“Estou tendo que vender água e pipoca no sinal para conseguir comer, porque não consigo emprego e não tem nenhum sinal de que o auxílio vai voltar”, explica Maria Gabriela Ferreira Costa, de 28 anos, beneficiada pelo programa no ano passado. Hoje, grávida de quatro meses, ela, junto ao marido desempregado, espreme-se entre veículos na avenida do Contorno para faturar, em média, R$ 300 mensais como ambulante.
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Na Assembleia, parlamentares também se mobilizam. Exemplo disso é um projeto de lei, apresentado pelo deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB), que prevê bolsa de R$ 1 mil a bares, restaurantes e lanchonetes e de R$ 600 as trabalhadores do setor cultural, como forma de compensação pelos reflexos das medidas de contenção da Covid-19.