A taxa de ocupação das UTIs para pacientes com COVID-19 disparou em Belo Horizonte. O percentual saiu de 79,3% para 86% entre os dois últimos boletins epidemiológicos da prefeitura, divulgados nessa sexta-feira (22/01) e nesta segunda (25/01).

Por isso, o indicador se manteve na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%. No total, a cidade tem 585 unidades do tipo dedicadas a pacientes infectados pelo novo coronavírus. 

A partir da ocupação de 86% ,é possível calcular que restam apenas 82 leitos de UTI em BH. Para efeito de comparação, conforme os números apresentados no boletim dessa sexta, sobravam 121 unidades de terapia intensiva.

Ou seja, mais 39 pacientes em estado grave foram internados desde então. Os dados consideram as redes pública e privada.

Por outro lado, o documento da prefeitura informa que o número médio de transmissão por infectado (fator RT) caiu de 1,01 para 0,98 na capital mineira. Portanto, o indicador deixou a fase de alerta (entre 1 e 1,2) e agora está no estágio controlado.

Queda também aconteceu na taxa de ocupação das enfermarias: de 65% para 64,1%. Porém, a estatística continua na fase de alerta, entre 50% e 69%.

Casos e mortes
Mais 20 mortes causadas pela COVID-19 entraram para o balanço da prefeitura nesta segunda. Todas essas vítimas eram pessoas acima dos 60 anos. A cidade soma 83.549 diagnósticos confirmados da virose: 2.185 óbitos, 4.929 em acompanhamento e 76.435 recuperados.

No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 294, 22 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (262), Leste (246), Barreiro (242), Centro-Sul (235), Venda Nova (234), Pampulha (209) e Norte (191).

No total, 1.204 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 981.

A faixa-etária mais atingida pela COVID-19 são os idosos: 83,6% (1.828 no total).

Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,2% (311). Há, ainda, 45 óbitos entre 20 e 39 anos (2,1%) e um de menor de idade (0,1%).

Além disso, 97,5% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.

Em BH, 55 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 44 homens e 11 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.

Público-alvo da primeira etapa de vacinação em BH, os profissionais de saúde somam 1.913 testes positivos para a COVID-19. No total, a prefeitura testou 11.085 servidores da área, com 9.007 exames negativos e 164 ainda em investigação.

As principais vítimas são os técnicos em enfermagem, incluídos na primeira etapa de imunização.