R$ 16 MILHÕES A MENOS


A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vem passando por problemas financeiros desde que o Governo Federal anunciou cortes de gastos no orçamento destinado à educação.


Segundo a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, a instituição segue sem receber adequadamente as verbas. "Tivemos um corte de R$ 16 milhões que até hoje não foi reposto, apesar de termos solicitado. Somos como uma empresa que tem orçamento fixo e, de repente, o dinheiro é confiscado. Para nós é uma contradição enorme", afirmou após cerimônia nesta segunda-feira (19) que marcou o início das obras do novo prédio do Centro Nacional de Vacinas na UFMG.

A reitora lembrou que, além de todos os gastos habituais, a universidade está com testes clínicos da vacina SpiN-TEC, contra Covid-19, em andamento. "No entanto, nosso orçamento está de volta a 2008. É uma conta que não fecha pela relevância que a universidade tem".


Sandra Goulart disse que a demora no repasse de dinheiro federal gerou multas à instituição, que também precisou providenciar alimentação subsidiada para os estudantes.

De acordo com ela, a construção do novo complexo do CT Vacinas era um "sonho antigo, que vai colocar minas no cenário nacional de vacinas ao lado da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e do (Instituto) Butantan". A reitora enfatizou que o Brasil deve produzir as próprias vacinas para não depender de insumos do exterior.


A reitora afirmou ainda que a SpiN-TEC está prevista para ser produzida pela iniciativa privada a partir de 2024.