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A estiagem que já dura cinco meses fez o nível do principal reservatório que fornece água à Grande BH encolher quase 30%. O volume em setembro do Sistema Paraopeba - represas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores - é o pior dos últimos quatro anos. Para especialistas, a situação é de alerta e preocupa. A Copasa garante que não há risco de desabastecimento, mas reforça a importância do consumo consciente. Atualmente, 144 cidades estão em emergência por conta da seca em Minas.
Em abril, quando foram registradas as últimas chuvas em Belo Horizonte e cidades vizinhas, o volume de água no Sistema Paraopeba estava em 89,2%. Neste mês, caiu para 64,3%. No mesmo período de 2023, o nível do sistema se encontrava em 83,9%. A última vez que o volume dos reservatórios da Grande BH teve índice menor que o atual foi em janeiro de 2020.
A queda também ocorre a curto prazo. No último domingo (15), o nível do reservatório Rio Manso estava em 59,2% e nesta terça (17) está em 58,6%. No Serra Azul, reduziu de 69,3% para 68,5%; no Várzea das Flores, de 45,7% para 45,2%. No sistema como um todo, recuou de 60,5% para 59,9% em 48 horas.
'Seca subterrânea'
Segundo o fundador do Projeto Manuelzão, da UFMG, Apolo Heringer, a situação hídrica preocupa. No entanto, ele explica que o problema é maior e não decorre apenas da estiagem. Segundo o especialista, existe uma "seca subterrânea". “Não basta chover. Mesmo que chova um, dois, três, quatro anos em seguida, não irá preencher o déficit de água subterrânea”.
De acordo com o professor, o uso desenfreado da água e a falta de sustentabilidade do agronegócio e da mineração fizeram os aquíferos reduzirem. Assim, com a seca das águas subterrâneas, os rios não são abastecidos e diminuem cada vez mais, o que impacta diretamente no abastecimento dos reservatórios.
Copasa garante abastecimento na Grande BH
Apesar da redução, a Copasa garantiu que os reservatórios estão com níveis suficientes para abastecer toda a Grande BH no período de estiagem. A companhia reforçou que não houve impactos na captação de água. Ainda conforme a estatal, não há riscos para o abastecimento e o volume apresentado no Sistema Paraopeba está dentro do esperado para este período do ano.
No entanto, a Copasa reforça a importância do consumo consciente de água durante as altas temperaturas registradas na região metropolitana. A empresa listou uma série de atitudes simples de economia que "podem fazer muita diferença".
Ao lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, fazer a barba e ensaboar a louça, mantenha a torneira fechada.
Abra a torneira apenas na hora de enxaguar.
Use o balde no lugar da mangueira para lavar o carro e a vassoura para limpar a calçada.
Tome banhos rápidos;
Molhe plantas com regador e não com a mangueira;
Junte a roupa suja e lave somente duas vezes por semana.
Reutilize a água da máquina de lavar.
E preste atenção na tubulação do seu imóvel. Vazamentos desperdiçam muita água.
Crise hídrica: seca atinge 2 milhões de pessoas no Rio
O Rio de Janeiro enfrenta uma crise hídrica por conta da seca e anunciou um plano de contingência. A Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) reduziu em 10% a captação da água no Sistema Imunana-Laranjal, que atende 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e parte de Maricá.
O Sistema Acari, que abastece municípios da Baixada Fluminense, também já teve a captação reduzida, neste caso, em 30%. Com as reduções, causadas pela seca dos rios, a companhia pede que a população use água de forma consciente e evite lavar carros e calçadas, por exemplo.
O Hoje em Dia entrou em contato com o Governo de Minas para solicitar informações sobre os trabalhos feitos para garantir o abastecimento em meio à estiagem. No entanto, o Estado não disponibilizou fonte nem forneceu detalhes de possíveis ações que têm sido tomadas.
* Estagiário, sob supervisão de Renato Fonseca
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Em abril, quando foram registradas as últimas chuvas em Belo Horizonte e cidades vizinhas, o volume de água no Sistema Paraopeba estava em 89,2%. Neste mês, caiu para 64,3%. No mesmo período de 2023, o nível do sistema se encontrava em 83,9%. A última vez que o volume dos reservatórios da Grande BH teve índice menor que o atual foi em janeiro de 2020.
A queda também ocorre a curto prazo. No último domingo (15), o nível do reservatório Rio Manso estava em 59,2% e nesta terça (17) está em 58,6%. No Serra Azul, reduziu de 69,3% para 68,5%; no Várzea das Flores, de 45,7% para 45,2%. No sistema como um todo, recuou de 60,5% para 59,9% em 48 horas.
'Seca subterrânea'
Segundo o fundador do Projeto Manuelzão, da UFMG, Apolo Heringer, a situação hídrica preocupa. No entanto, ele explica que o problema é maior e não decorre apenas da estiagem. Segundo o especialista, existe uma "seca subterrânea". “Não basta chover. Mesmo que chova um, dois, três, quatro anos em seguida, não irá preencher o déficit de água subterrânea”.
De acordo com o professor, o uso desenfreado da água e a falta de sustentabilidade do agronegócio e da mineração fizeram os aquíferos reduzirem. Assim, com a seca das águas subterrâneas, os rios não são abastecidos e diminuem cada vez mais, o que impacta diretamente no abastecimento dos reservatórios.
Copasa garante abastecimento na Grande BH
Apesar da redução, a Copasa garantiu que os reservatórios estão com níveis suficientes para abastecer toda a Grande BH no período de estiagem. A companhia reforçou que não houve impactos na captação de água. Ainda conforme a estatal, não há riscos para o abastecimento e o volume apresentado no Sistema Paraopeba está dentro do esperado para este período do ano.
No entanto, a Copasa reforça a importância do consumo consciente de água durante as altas temperaturas registradas na região metropolitana. A empresa listou uma série de atitudes simples de economia que "podem fazer muita diferença".
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Abra a torneira apenas na hora de enxaguar.
Use o balde no lugar da mangueira para lavar o carro e a vassoura para limpar a calçada.
Tome banhos rápidos;
Molhe plantas com regador e não com a mangueira;
Junte a roupa suja e lave somente duas vezes por semana.
Reutilize a água da máquina de lavar.
E preste atenção na tubulação do seu imóvel. Vazamentos desperdiçam muita água.
Crise hídrica: seca atinge 2 milhões de pessoas no Rio
O Rio de Janeiro enfrenta uma crise hídrica por conta da seca e anunciou um plano de contingência. A Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) reduziu em 10% a captação da água no Sistema Imunana-Laranjal, que atende 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e parte de Maricá.
O Sistema Acari, que abastece municípios da Baixada Fluminense, também já teve a captação reduzida, neste caso, em 30%. Com as reduções, causadas pela seca dos rios, a companhia pede que a população use água de forma consciente e evite lavar carros e calçadas, por exemplo.
O Hoje em Dia entrou em contato com o Governo de Minas para solicitar informações sobre os trabalhos feitos para garantir o abastecimento em meio à estiagem. No entanto, o Estado não disponibilizou fonte nem forneceu detalhes de possíveis ações que têm sido tomadas.
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