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Motorista que causou acidente com 13 mortes na BR-251 afirma que dirigiu caminhão por 12 horas

17/01/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h30 por Admin


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Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br

A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira (17) o motorista suspeito de provocar o grave acidente na BR-251, em Grão Mogol, no Norte de Minas, que resultou na morte de 13 pessoas e deixou outras 39 feridas. Durante o depoimento, Daniel Alves da Silva, de 39 anos, disse que dirigia o veículo há cerca de 12 horas. Durante declaração à imprensa, na última segunda-feira (15), ele chegou a dizer que conduzia o veículo há seis horas antes de ocorrer o acidente.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Herivélton Ruas Santana, o motorista disse que, na noite anterior ao acidente, parou para almoçar e, ao retornar à estrada, assumiu o controle da direção. “Ele declarou que cerca de 30 minutos antes do acidente eles retomaram a viagem, após ficarem cerca de 50 minutos em uma lanchonete onde tomaram um café”, explica o delegado.

O motorista reafirmou à polícia que estava desempregado e foi chamado pelo dono do caminhão para fazer esta viagem. “Apesar dele alegar que tem dez anos de habilitação para dirigir este tipo de veículo, ele estava há cerca de um ano afastado desta função. Ele atuava como motorista de van escolar e estava desempregado”, diz Herivélton Santana.

A corporação informou que o laudo da perícia realizada no local do acidente ficará pronto em até 30 dias, mas a polícia acredita que o caminhão conduzido por Daniel invadiu a pista contrária e iniciou a sequência de choques, envolvendo sete veículos. “Ele disse que se deparou com a carreta carregada de papel, que teria invadido a direção contrária, mas pelo que já foi apurado o veículo que ele conduzia é que invadiu a contramão”, esclarece o delegado.

Feridos

Quatro pessoas feridas no acidente, inclusive o motorista Daniel Alves, continuam internados em hospitais de Montes Claros e Taiobeiras. Uma das vítimas recebeu alta nesta quarta-feira (17) do hospital em Francisco Sá. O quadro de saúde das vítimas ainda internadas é considerado estável.