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Minas Gerais concentra mais de 7% das mortes violentas de pessoas LGBT+ em 2022, segundo dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Conforme o levantamento, ao todo 256 pessoas do grupo LGBT+ foram assassinadas ou cometeram suicídio no último ano, dessas 18 foram registradas em solo mineiro.
Ao todo, foram 242 homicídios e 14 suicídios no ano passado no país, número é inferior ao de 2021, quando foram identificadas 316 mortes. Os dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação, sendo coletadas e analisadas pelo GGB, há 43 anos.
Conforme a pesquisa, a região Nordeste é a mais violenta, com 43,3% das mortes, ou 111 casos no ano passado. Se considerada a média nacional de 0,13 mortes por 100 mil habitantes, as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste registram o dobro da violência, com médias acima de 0,2. Na comparação por 100 mil habitantes, Sul e Sudeste se situam abaixo da média, com 0,5 e 0,7 mortes violentas, respectivamente.
Em relação aos estados, Minas aparece como o quarto mais violento, com 18 mortes. O Estado fica atrás apenas da Bahia, que ocupa a primeira posição em números absolutos, com 27 mortes, ou 10,54% do total, São Paulo (25) e Pernambuco (20).
Os dados mostram ainda que 155 municípios brasileiros registraram ao menos uma morte violenta de LGBT+ em 2022. Dentre as dez primeiras cidades com mais casos de mortes violentas de LGBT+ em números absolutos, cinco estão no Nordeste, são elas Salvador, São Luís, Fortaleza, Recife e Arapiraca. Belo Horizonte aparece em nono lugar, com quatro registros.
As mortes, em maioria, ocorrem por meio de armas de fogo (29,6%), seguidas das armas brancas (25,7%), incluindo também asfixia, espancamento, apedrejamento, esquartejamento, atropelamento proposital. Em diversos casos estão presentes mais de um tipo de objeto letal e modus operandi no assassinato, a mesma vítima tendo sido espancada, esfaqueada, esquartejada, carbonizada.
Em nota, o fundador do GCB Luiz Mott lamentou os dados. “É absolutamente inconcebível nossa sociedade civilizada conviver com 12 casos de apedrejamento e esquartejamento de gays e travestis (4%). Nem nos países islâmicos e africanos mais homofóbicos do mundo, onde persiste a pena de morte contra tal segmento, ocorre tanta barbárie,” finaliza.
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Minas Gerais concentra mais de 7% das mortes violentas de pessoas LGBT+ em 2022, segundo dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Conforme o levantamento, ao todo 256 pessoas do grupo LGBT+ foram assassinadas ou cometeram suicídio no último ano, dessas 18 foram registradas em solo mineiro.
Ao todo, foram 242 homicídios e 14 suicídios no ano passado no país, número é inferior ao de 2021, quando foram identificadas 316 mortes. Os dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação, sendo coletadas e analisadas pelo GGB, há 43 anos.
Conforme a pesquisa, a região Nordeste é a mais violenta, com 43,3% das mortes, ou 111 casos no ano passado. Se considerada a média nacional de 0,13 mortes por 100 mil habitantes, as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste registram o dobro da violência, com médias acima de 0,2. Na comparação por 100 mil habitantes, Sul e Sudeste se situam abaixo da média, com 0,5 e 0,7 mortes violentas, respectivamente.
Em relação aos estados, Minas aparece como o quarto mais violento, com 18 mortes. O Estado fica atrás apenas da Bahia, que ocupa a primeira posição em números absolutos, com 27 mortes, ou 10,54% do total, São Paulo (25) e Pernambuco (20).
Os dados mostram ainda que 155 municípios brasileiros registraram ao menos uma morte violenta de LGBT+ em 2022. Dentre as dez primeiras cidades com mais casos de mortes violentas de LGBT+ em números absolutos, cinco estão no Nordeste, são elas Salvador, São Luís, Fortaleza, Recife e Arapiraca. Belo Horizonte aparece em nono lugar, com quatro registros.
As mortes, em maioria, ocorrem por meio de armas de fogo (29,6%), seguidas das armas brancas (25,7%), incluindo também asfixia, espancamento, apedrejamento, esquartejamento, atropelamento proposital. Em diversos casos estão presentes mais de um tipo de objeto letal e modus operandi no assassinato, a mesma vítima tendo sido espancada, esfaqueada, esquartejada, carbonizada.
Em nota, o fundador do GCB Luiz Mott lamentou os dados. “É absolutamente inconcebível nossa sociedade civilizada conviver com 12 casos de apedrejamento e esquartejamento de gays e travestis (4%). Nem nos países islâmicos e africanos mais homofóbicos do mundo, onde persiste a pena de morte contra tal segmento, ocorre tanta barbárie,” finaliza.