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As mineradoras devem investir em Minas Gerais cerca de US$ 12 bilhões de 2020 a 2024, sendo US$ 2 bilhões deste montante destinados à descaracteriza-ção das barragens construídas pelo método a montante. A informação é do diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Penido, lembrando que os aportes totais no país, nesse mesmo período, devem alcançar aproximadamente US$ 37 bilhões em 73 projetos. “Teremos investimentos em minério de ferro, ouro, nióbio, em fertilizantes, lítio, quartzito e calcário”, conta. A mineração é o tema da terceira reportagem da série Minas 300 anos, que aborda a história do Estado sob a perspectiva econômica.
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a indústria de mineração faturou no Brasil, no terceiro trimestre deste ano, R$ 51 bilhões, um crescimento de 29% comparado ao trimestre imediatamente anterior, quando havia alcançado R$ 39 bilhões. Segundo Flávio Penido, o que garantiu essa expansão foi a importação de produtos brasileiros, principalmente pela China, que representa praticamente 62% do mercado brasileiro neste segmento.
“Para vencer a pandemia, a China teve uma política de investir em construção civil, onde tem a necessidade de consumo do aço. Isso promoveu um crescimento no faturamento”, conta, lembrando que, além disso, no segundo trimestre, o mercado chinês sofreu muito os impactos da pandemia, tendo agora que acelerar a produção e recompor os estoques para atender à crescente demanda. O executivo lembra que em Minas o faturamento do setor, também no terceiro trimestre deste ano, atingiu R$ 19 bilhões, o que representa 38% do faturamento brasileiro.
Para resgatar a confiança dos mineiros, principalmente após o rompimento da barragem em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, em 2019, Flávio Penido conta que as empresas têm investido no aumento da segurança das estruturas, o que veio inclusive com mais vigor após a aprovação pela Assembleia Legislativa de Minas da Política Estadual de Segurança de Barragens, uma legislação mais rigorosa. Além disso, segundo ele, as próprias mineradoras têm acompanhado par e passo as barragens existentes, com testes regulares, exercícios nesses locais, uso de drones e acompanhamento via satélite.
“A Agência Nacional de Mineração tem trazido também resoluções que determinam como acompanhar e tornar essas operações seguras. É importante que a gente leve isso para as comunidades e, de fato, o setor de mineração quer resgatar a sua reputação, quer que a comunidade volte a ter plena confiança no setor de mineração”.
Em relação ao aumento da segurança operacional, o executivo lembra que o Ibram, durante a Exposibram, evento do setor realizado em Belo Horizonte no ano passado, lançou um programa que adotará projeto similar de responsabilidade social corporativa desenvolvido pela Mining Association of Canada (MAC) – o equivalente ao Ibram do Canadá -–, que é o Towards Sustainable Mining (TSM), com a adoção de uma série de procedimentos pelas empresas, de forma voluntária, não apenas em barragens, mas em relação às operações, à segurança operacional e pessoal dos empregados e uma aproximação com a comunidade.
“É uma série de procedimentos, com economia de insumos como água, diesel e energia. Estamos implantando isso e, certamente, Minas Gerais, por ser essa potência em mineração, vai ser o carro-chefe para levar isso. Pretendemos é que não seja apenas para a mineração de grande porte, mas levarmos isso para as mineradoras de médio e pequeno portes também”, salienta Flávio Penido.
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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a indústria de mineração faturou no Brasil, no terceiro trimestre deste ano, R$ 51 bilhões, um crescimento de 29% comparado ao trimestre imediatamente anterior, quando havia alcançado R$ 39 bilhões. Segundo Flávio Penido, o que garantiu essa expansão foi a importação de produtos brasileiros, principalmente pela China, que representa praticamente 62% do mercado brasileiro neste segmento.
“Para vencer a pandemia, a China teve uma política de investir em construção civil, onde tem a necessidade de consumo do aço. Isso promoveu um crescimento no faturamento”, conta, lembrando que, além disso, no segundo trimestre, o mercado chinês sofreu muito os impactos da pandemia, tendo agora que acelerar a produção e recompor os estoques para atender à crescente demanda. O executivo lembra que em Minas o faturamento do setor, também no terceiro trimestre deste ano, atingiu R$ 19 bilhões, o que representa 38% do faturamento brasileiro.
Para resgatar a confiança dos mineiros, principalmente após o rompimento da barragem em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, em 2019, Flávio Penido conta que as empresas têm investido no aumento da segurança das estruturas, o que veio inclusive com mais vigor após a aprovação pela Assembleia Legislativa de Minas da Política Estadual de Segurança de Barragens, uma legislação mais rigorosa. Além disso, segundo ele, as próprias mineradoras têm acompanhado par e passo as barragens existentes, com testes regulares, exercícios nesses locais, uso de drones e acompanhamento via satélite.
“A Agência Nacional de Mineração tem trazido também resoluções que determinam como acompanhar e tornar essas operações seguras. É importante que a gente leve isso para as comunidades e, de fato, o setor de mineração quer resgatar a sua reputação, quer que a comunidade volte a ter plena confiança no setor de mineração”.
Em relação ao aumento da segurança operacional, o executivo lembra que o Ibram, durante a Exposibram, evento do setor realizado em Belo Horizonte no ano passado, lançou um programa que adotará projeto similar de responsabilidade social corporativa desenvolvido pela Mining Association of Canada (MAC) – o equivalente ao Ibram do Canadá -–, que é o Towards Sustainable Mining (TSM), com a adoção de uma série de procedimentos pelas empresas, de forma voluntária, não apenas em barragens, mas em relação às operações, à segurança operacional e pessoal dos empregados e uma aproximação com a comunidade.
“É uma série de procedimentos, com economia de insumos como água, diesel e energia. Estamos implantando isso e, certamente, Minas Gerais, por ser essa potência em mineração, vai ser o carro-chefe para levar isso. Pretendemos é que não seja apenas para a mineração de grande porte, mas levarmos isso para as mineradoras de médio e pequeno portes também”, salienta Flávio Penido.