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O MEI existe há pouco mais de dez anos, tendo sido criado pela Lei Complementar 128/2008, com o objetivo de tirar da informalidade milhões de empreendedores. Ao se formalizar, o empreendedor passa a ter CNPJ, tem acesso à emissão de notas fiscais e ganha cobertura previdenciária.
Neste momento de pandemia do novo coronavírus, com o ano fechando com um saldo negativo de 171 mil empregos, o MEI acabou sendo a principal alternativa para muitas pessoas, segundo o gerente de inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão de Melo.
“O MEI surgiu como uma alternativa para essa massa de desempregados, que ficou disponível para o mercado de trabalho, seja porque a empresa em que trabalhava fechou, ou porque a atividade precisou ser interrompida por uma questão de isolamento social. Isso deu um impulso muito grande para o MEI”.
Segundo ele, com o crescimento de quase 20% neste ano em relação a 2019, houve uma grande expansão de ocupações ligadas ao comércio varejista de roupa (16%), cabeleireiro (11%), promotor de vendas (34%) e preparação de alimentos para consumo residencial (37%).
“Isso aconteceu, principalmente, a partir de abril, com os efeitos da pandemia sendo mais visíveis na economia, muita gente fazendo ‘bicos’, suspensão de contratos e como complemento de renda”, afirma.
O especialista do Sebrae avalia que em 2021 o MEI deve continuar crescendo. “O MEI tem se tornado uma nova modalidade de trabalho. Podemos entendê-lo como uma política pública bem-sucedida com pouco espaço de tempo”, disse, lembrando que, além de um alternativa ao desemprego, os empreendedores começaram a descobrir oportunidade de trabalho por meio da digitalização de atendimentos e como forma de se restabelecerem no mercado.
“O principal desafio para 2021 será a retomada da economia, o começo do ano terá uma retomada mais lenta e os MEIs precisam ficar atentos para não caírem em uma armadilha. É preciso se capacitarem para que sejam capazes de gerir melhor o negócio, ficar mais atentos às oportunidades e buscar recursos nas fontes que estão disponíveis”, salienta Felipe Brandão, lembrando que, apesar da quantidade de crédito disponível hoje no mercado, e dos juros baixos, “o MEI ainda não é o cliente preferencial das instituições financeiras para poder fazer essa disponibilização de crédito”.
Na tentativa de ampliar a clientela e se manter no mercado, a empresária Bruna Ester Machado Oliveira, proprietária da loja Miríade, em Brumadinho, que comercializa acessórios, investiu pesado neste ano para divulgar a empresa.
“Dei uma melhorada no meu site, fiz uma divulgação grande via redes sociais, inventei fretes grátis, levo maletas com produtos na casa de clientes, mas consegui sobreviver a 2020. Ainda não está fácil, mas diante da situação, com muitas empresas fechando, conseguimos aumentar as vendas”, comemora.
Ela já estava enfrentando uma retração no comércio com a tragédia da Vale na cidade em 2019, mas contou com o apoio do Sebrae nas áreas de consultoria, finanças e marketing.
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O MEI existe há pouco mais de dez anos, tendo sido criado pela Lei Complementar 128/2008, com o objetivo de tirar da informalidade milhões de empreendedores. Ao se formalizar, o empreendedor passa a ter CNPJ, tem acesso à emissão de notas fiscais e ganha cobertura previdenciária.
Neste momento de pandemia do novo coronavírus, com o ano fechando com um saldo negativo de 171 mil empregos, o MEI acabou sendo a principal alternativa para muitas pessoas, segundo o gerente de inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão de Melo.
“O MEI surgiu como uma alternativa para essa massa de desempregados, que ficou disponível para o mercado de trabalho, seja porque a empresa em que trabalhava fechou, ou porque a atividade precisou ser interrompida por uma questão de isolamento social. Isso deu um impulso muito grande para o MEI”.
Segundo ele, com o crescimento de quase 20% neste ano em relação a 2019, houve uma grande expansão de ocupações ligadas ao comércio varejista de roupa (16%), cabeleireiro (11%), promotor de vendas (34%) e preparação de alimentos para consumo residencial (37%).
“Isso aconteceu, principalmente, a partir de abril, com os efeitos da pandemia sendo mais visíveis na economia, muita gente fazendo ‘bicos’, suspensão de contratos e como complemento de renda”, afirma.
O especialista do Sebrae avalia que em 2021 o MEI deve continuar crescendo. “O MEI tem se tornado uma nova modalidade de trabalho. Podemos entendê-lo como uma política pública bem-sucedida com pouco espaço de tempo”, disse, lembrando que, além de um alternativa ao desemprego, os empreendedores começaram a descobrir oportunidade de trabalho por meio da digitalização de atendimentos e como forma de se restabelecerem no mercado.
“O principal desafio para 2021 será a retomada da economia, o começo do ano terá uma retomada mais lenta e os MEIs precisam ficar atentos para não caírem em uma armadilha. É preciso se capacitarem para que sejam capazes de gerir melhor o negócio, ficar mais atentos às oportunidades e buscar recursos nas fontes que estão disponíveis”, salienta Felipe Brandão, lembrando que, apesar da quantidade de crédito disponível hoje no mercado, e dos juros baixos, “o MEI ainda não é o cliente preferencial das instituições financeiras para poder fazer essa disponibilização de crédito”.
Na tentativa de ampliar a clientela e se manter no mercado, a empresária Bruna Ester Machado Oliveira, proprietária da loja Miríade, em Brumadinho, que comercializa acessórios, investiu pesado neste ano para divulgar a empresa.
“Dei uma melhorada no meu site, fiz uma divulgação grande via redes sociais, inventei fretes grátis, levo maletas com produtos na casa de clientes, mas consegui sobreviver a 2020. Ainda não está fácil, mas diante da situação, com muitas empresas fechando, conseguimos aumentar as vendas”, comemora.
Ela já estava enfrentando uma retração no comércio com a tragédia da Vale na cidade em 2019, mas contou com o apoio do Sebrae nas áreas de consultoria, finanças e marketing.