O secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, apresentou números da queda do número de mortes nos grupos prioritários já vacinados contra a COVID-19 em Minas. Durante entrevista coletiva concedida à imprensa, nesta terça-feira (8/6), na Cidade Administrativa, o gestor reafirmou que 'a vacina é a única saída da pandemia'. Ele anunciou que Minas receberá 9 milhões de doses em dois meses, sendo 4 milhões, neste mês e 5 milhões em julho.
 
Conforme o governador Romeu Zema (Novo) havia dito, Baccheretti reforçou que a expectativa é a vacinação de toda a população do estado até o último trimestre do ano. Zema afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia que seria até outubro. Segundo Baccheretti, tão logo os municípios completem a aplicação da primeira dose para os trabalhadores da educação, eles podem progredir para a imunização da população de forma geral, tendo como critério apenas a idade.
 
Com o recebimento de 9 milhões de doses, o secretário afirmou que os municípios deverão iniciar a imunização de pessoas com menos de 50 anos, seguindo o critério de progressão por faixa etária dos mais velhos para os mais jovens. Ele lembrou que 70% do quantitativo de vacinas recebidas serão destinados a grupos por idade e os outros 30% aos grupos prioritários que ainda não tenham se vacinado. "A expectativa é de aceleração de vacinação com nova dinâmica estabelecida no país",afirmou. 
 
O secretário destacou ainda que na quinta-feira (3/6) o estado recebeu 500 mil doses de vacinas da Pfizer e que os 853 municípios foram treinados para a aplicação correta desse imunizante. Anunciou também o recebimento de doses da Janssen. 
 
O gestor revelou que o governo de Minas enviou carta de intenção a todos os laboratórios produtores de vacinas,  mas que recebeu como resposta que as trativas seguem apenas com os governos nacionais, não sendo possível a realização da compra por estados e municípios. Ele lembrou, porém, que seguem as tratativas com o consulado da Rússia para aquisição da vacina Sputnik V. 

Secretário descarta onda roxa


Fábio Baccheretti afirmou que a situação epidemiológica no estado é heterogênea, com algumas regiões que já enfrentam estresse assistencial. Segundo ele, as duas regiões mais preocupantes são a Sul e a Oeste. Mas o estado, destacou, ainda tem capacidade de transferência de pacientes que necessitam de leitos de terapia intensiva entre as regiões.
 
Por essa razão, o secretário descartou a adoção da onda roxa, a mais restritiva do Program Minas Consciente, em todo o estado. Informou também a abertura de cerca de 50 leitos de UTI na Região Sul. 
 
Segundo o secretário, a proximidade das cidades da Região Sul com o interior de São Paulo pode ser um dos fatores que explica o aumento de casos confirmados na região. Ele lembrou de que se trata de uma localidade que recebe muitos turistas devido ao Lago de Furnas, um ponto muito visitado por turistas do estado vizinho e por pessoas de Minas também.