A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está discutindo internamente a possibilidade de que as datas em que seria realizado o carnaval de 2021 serem consideradas como ponto facultativo. Caso as discussões avancem, algumas repartições do executivo municipal não funcionariam, mesmo sem a festa ocorrer.

Neste ano, em tempos normais, a festividade seria realizada entre os dias 13 e 16 de fevereiro. A cidade, no entanto, vive novamente o momento mais restrito da flexibilização do comércio, onde apenas serviços essenciais podem funcionar. A PBH não informou o prazo limite para a decisão sobre a questão.

Em meio a esse cenário, também não há qualquer definição sobre a realização do carnaval. Em entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura, em de novembro do ano passado, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) afirmou que a cidade seguiria o que Rio de Janeiro e Bahia definissem.

“Se tiver a vacina, se tiver todo mundo imunizado, nós temos a festa que nós colocamos 3,5 milhões de pessoas na rua. Quem entende de carnaval é baiano e carioca. Eles é que vão marcar e data e nós vamos correr atrás. Nós vamos acompanhar a data de Rio de Janeiro e da Bahia”, afirmou o prefeito.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta terça-feira (12), a capital já registrou 71.246 casos de Covid-19 e 1.962 óbitos em decorrência da doença. O índice de transmissão (RT) está em nível amarelo de alerta, com 1,05, no mesmo nível está a ocupação de leitos clínicos que chega a 69,1%. Já os leitos de UTI destinados à pacientes com coronavírus estão em nível vermelho de alerta, com 86,2% de ocupação.

Sem definição

Apesar da indefinição do Carnaval neste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Belotur, órgão responsável pela folia em BH, afirmam que têm contribuído com o setor. Segundo a PBH, blocos caricatos, escolas de samba e outros profissionais do Carnaval têm sido contemplados nos benefícios da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.

"O diálogo permanece constante com a Liga das Escolas de Samba e representantes dos Blocos Caricatos, assim como toda cadeia produtiva do Carnaval. Entre os beneficiados pela Lei Aldir Blanc em Belo Horizonte, estão blocos e escolas de samba tradicionais, das diversas regiões da cidade, incluindo o Bloco Caricato Os Inocentes de Santa Tereza, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz de Venda Nova, a Fanfarra Feminina Sagrada Profana, o Bloco Afro Angola Janga e o Então Brilha, entre muitos outros", informou.