No dia em que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu liminar suspendendo a volta às aulas presenciais na rede pública estadual, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o protocolo sanitário de retorno é "extremamente adequado". Sem fazer menção à decisão contrária da Justiça, Carlos Eduardo disse que o protocolo prevê o retorno das aulas nas escolas instaladas em municípios na onda verde do programa Minas Consciente.

Carlos Amaral acrescentou que o protocolo apresenta regras de segurança para todos os momentos de presença do aluno na escola, no transporte, distanciamento nas salas de aula e uso dos banheiros. Ele afirmou que o retorno será gradual, o que significa que não ocorrerá a retomada de todas as turmas ao mesmo tempo. Garantiu que a rede estadual está se preparando e que haverá distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para todos os servidores. Segundo ele, como haverá o retorno de poucas turmas, as escolas não ficarão cheias.
 
Carlos Eduardo afirmou que o protocolo prevê uma tripla checagem: do governo, das prefeituras locais e dos pais. Segundo ele, o documento foi elaborado conjuntamente pela Secretaria de Estado de Saúde e pela Secretaria de Estado da Educação. "Em nível estadual, temos condicionantes. Só poderemos retornar às aulas, quando estivermos na onda verde, quando dermos passos eficientemente grandes para demonstrar que a pandemia está caindo nas regiões", afirmou.
 
Ele mais uma vez comentou que os prefeitos devem avaliar o cenário local para autorizar a retomada e disse que, mesmo com a liberação dos municípios, ainda há o crivo dos pais. "O terceiro nível é o controle parental. Os pais têm que avaliar o retorno do filho, se tem risco", disse. Cabe aos pais avaliar os riscos que o retorno das crianças às escolas pode representar para a família. O secretário destacou ainda que haverá uma avaliação semanal para medir o impacto da retomada das aulas presenciais. 

"O retorno às aulas é baseado em trabalho intenso e longo tanto da Secretaria de Estado de Saúde, assim como da Secretaria de Estado de Educação, que acompanharam, nos últimos três meses, as melhores práticas do mundo", afirmou.