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Mesmo com o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que as pessoas não comparecessem às manifestações pró-governo agendadas para 15 de março, centenas de pessoas foram à praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã deste domingo.
A via central da praça foi tomada pelas cores verde-amarelo, uniforme da direita conservadora desde a época das manifestações de 2016, contra o governo da então presidenta Dilma Roussef (PT). No centro da praça, um boneco inflável do presidente Jair Bolsonaro se sobressaía às bandeiras do Brasil e faixas com palavras de ordem contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
"O Bolsonaro tem que implodir o Congresso. Cortar a cabeça. Essa manifestação aqui é como uma quimioterapia para que ele tire os nódulos cancesoros do comunismo e do socialismo aqui neste país", disse um manifestante, o empresário Manuel Rubério.
Assim como em outras manifestações da direita, faixas pedindo "Intervenção militar" também deram as caras no movimento. "Eu estou aqui hoje pedindo que tenha intervenção militar. Porque o Congresso Nacional está abarrotado de vagabundo, mentiroso e ladrão, assim como o Supremo (Tribunal Federal). O povo brasileiro já não suporta mais essa robalheira", disse Ilídio Faustino dos Santos, corretor de imóveis aposentado e que empunhava uma faixa convocando os militares.
Apesar de terem desacelerado as convocações para o evento após o pedido do presidente, representantes de movimentos sociais da direita em Belo Horizonte davam o tom das palavras de ordem entoadas pelo público.
Em cima de um caminhão trio elétrico estacionado em frente ao Palácio da Liberdade, representantes do Movimento Direita BH e outras figuras políticas da direita na capital mineira. Houve gritos de "Mito", "Fora Maia", "Fora PT", "Fora STF" e até uma oração que pedia bençãos aos ministros de Bolsonaro e "que todo petista inimigo da Pátria possa ser repreendido pela mão forte de Deus".
Cristiano Reis, do Movimento Direita BH, garantiu à reportagem de O Tempo que a manifestação não tem pauta. "Nós viemos aqui para deixar um recado claro para o Congresso Nacional: para eles não criarem um factoide, uma mentira, uma fake news para tentar o impeachment do presidente Bolsonaro. Porque nós estamos mobilizados e vamos parar esse Brasil. Nós vamos invadir Brasília se eles tentarem abrir um processo de impeachment contra o nosso presidente", disse. A sua fala se refere à acusação de crime de responsabilidade pela divulgação do vídeo de incitação da população contra o Congresso e o STF feita pelo presidente Bolsonaro no final de fevereiro.
Sobre as faixas, Igor Santos, do movimento Endireita BH, alegou à reportagem que o intuito do organizadores não é a derrubada da democracia. "Nós estamos querendo melhorar o STF porque os ministros que estão lá, nenhum leva o cargo a sério. Estão mais preocupados em trabalhar para a esquerda e para políticos vagabundos do que fazer o papel deles que é trabalhar em prol do país. A questão do Congresso, o pessoal é indignado com o Congresso porque são muitos políticos lá sugando o dinheiro do povo, que não trabalham pelo povo, não exercem a vontade do povo. Estão fazendo leis que não vão de acordo com a maioria da população que é conservadora e de direita. Tanto que o presidente está lá é nessa linha", justifica.
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Cristiano Reis, do Movimento Direita BH, garantiu à reportagem de O Tempo que a manifestação não tem pauta. "Nós viemos aqui para deixar um recado claro para o Congresso Nacional: para eles não criarem um factoide, uma mentira, uma fake news para tentar o impeachment do presidente Bolsonaro. Porque nós estamos mobilizados e vamos parar esse Brasil. Nós vamos invadir Brasília se eles tentarem abrir um processo de impeachment contra o nosso presidente", disse. A sua fala se refere à acusação de crime de responsabilidade pela divulgação do vídeo de incitação da população contra o Congresso e o STF feita pelo presidente Bolsonaro no final de fevereiro.
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