PELO PISO SALARIAL


Milhares de pessoas participaram da manifestação dos profissionais de enfermagem nesta quarta-feira (21), na região Central de Belo Horizonte. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas (Sind-Saúde/MG), haviam cerca de 100 mil manifestantes.


Os trabalhadores aderiram à paralisação nacional da categoria, que reivindica o pagamento do piso salarial dos enfermeiros, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana.

Até o momento, não houve registro de impacto nos serviços e nas unidades de saúde de BH e da rede hospitalar do Estado. As lideranças das paralisações cumprem escala mínima para que não haja descontinuidade dos atendimentos médicos.
Os profissionais se concentraram às 9h na Praça da Estação e ocuparam também a Praça 7, no encontro das avenidas Afonso Pena e Amazonas. 

Segundo a BHTrans, o trânsito na avenida Afonso Pena chegou a ser interditado nos dois sentidos. A avenida dos Andradas, entre Praça da Estação e viaduto do Floresta, também chegou a ser fechada.


O trânsito foi liberado por volta das 12h, nas avenidas Afonso Pena e Amazonas, desobstruindo o tráfego na região da Praça 7.

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(Divulgação / Sind-Saúde/MG)

 

 

Adesão


Para Neuza Freitas, diretora do Sind-Saúde/MG, a manifestação superou as expectativas e teve ampla adesão de profissionais das redes hospitalares públicas e privadas, e de unidades de saúde dos municípios.


“Estamos felizes por saber que a Enfermagem, hoje, tem consciência do seu papel”, observou a sindicalista.


Além do Sind-Saúde/MG, estiveram à frente da paralisação em Minas o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel); o Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes); e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de BH, Vespasiano, Sabará e Caeté (Sindeess). 


“A enfermagem brasileira está dando um basta. Exigimos o pagamento do piso nacional da categoria imediatamente!”, completou a diretora do Sind-Saúde/MG.


Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) afirmou que foi previamente comunicada sobre a paralisação, e que as unidades se planejaram internamente para minimizar os eventuais impactos assistenciais.


“A Fhemig reforça que as escalas mínimas de trabalho estão sendo cumpridas. Por lei, a escala mínima de atendimento nos hospitais, principalmente nos setores essenciais, deve ser mantida, visando à garantia de não haver descontinuidade na prestação de atendimento médico e assistencial de qualidade”.


A Secretaria Municipal de Saúde de BH informou que o Sindibel assegurou à pasta que estão garantidos, no mínimo, 30% das escalas das equipes de enfermagem do Hospital Odilon Behrens, das UPAs e dos Cersams da capital. No SAMU, todos os profissionais mantêm normalmente as atividades.


Ao Hoje em Dia a Polícia Militar afirmou que a corporação não faz mais contagem de manifestantes.