Segundo a corporação, os suspeitos seguiam fortemente armados em uma caminhonete para uma mata em Padre Carvalho, com o objetivo de tentar resgatar os comparsas. Estes, perseguidos pelos policiais desde a quarta-feira (25), estariam escondidos na região.
Contudo, quando os responsáveis por prestar socorro aos outros criminosos chegaram ao ponto onde o resgate deveria acontecer, descobriram que a polícia havia fechado o cerco por lá. Assustados, abandonaram a missão e decidiram fugir a pé pela mata.
Segundo o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar, eles foram perseguidos e chegaram a disparar, inclusive, com um fuzil AK-47 contra os agentes. Dois dos suspeitos morreram e os demais ainda estão escondidos. "O trabalho continua até a captura dos demais. Algumas pessoas fugiram, mas não sabemos ao certo quantos", explica o major.
Identidades
Após a ação militar, os corpos dos mortos foram levados para fora da mata e puderam ser identificados. O major Wellington Eduardo Mourão Ferreira, que participa das buscas no Norte de Minas, contou que um dos alvejados é o motorista da caminhonete. "Nós sabemos que ele foi até lá para apoiar o resgate, seguindo na direção do veículo", pontua. Ainda não se sabe se esse motorista participou do confronto na quarta-feira (25).
Ao contrário deste, o outro morto é certamente um dos envolvidos na troca de tiros do meio da semana, como confirma a Polícia Militar. "Ao identificá-lo, confirmamos que ele participou do confronto na quarta. Inclusive, foi ele quem atirou com o AK-47 nesse primeiro ataque. Nós o encontramos com a arma e a apreendemos desta vez", explica o major Wellington.
Relembre
A quadrilha a que pertencem os dois mortos se organizava para cometer um assalto contra um carro forte na região Norte do Estado, quando o esquema foi descoberto pelas polícias militares de Minas Gerais e da Bahia.
Os agentes abordaram os suspeitos na tarde de quarta-feira (25) e, segundo a corporação, houve confronto. Seis dos supostos criminosos foram mortos àquele dia. Um deles chegou a ser candidato à vereança de Padre Carvalho na última eleição.
No dia seguinte, durante coletiva, a Polícia Militar confirmou que o grupo é especializado em assaltos e resgate a criminosos detidos em presídios. Após o confronto, cinco fugiram e se refugiaram em uma mata em Padre Carvalho, onde as buscas acontecem - e onde ocorreu o ataque desta madrugada.
Cerca de 200 explosivos, fuzis e pistolas armazenados para cometimento dos crimes foram apreendidos em um sítio, em Salinas, usado como "base de apoio" para os suspeitos.
(Com Carolina Caetano, Fernanda Viegas e Natália Oliveira)