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Mais da metade dos comerciantes mineiros têm medo de que uma eventual terceira onda de casos de Covid-19 leve a novas medidas restritivas. Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-MG), 58% dos empresários têm medo de um novo fechamento. O número crescente de infecções pela variante delta do coronavírus em Minas Gerais é o principal motivo de preocupação dos empresários, que já enfrentam dificuldades financeiras.
Na linha de frente do combate à pandemia, o cardiologista Augusto César Vilela diz que é visível a redução das internações, mas ressalta que a vacinação é fundamental para que nos próximos meses não ocorra um novo crescimento do número de infecções, principalmente pela delta.
O economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, diz que o comércio de bens e serviços depende essencialmente do contato físico com os clientes, o que torna o setor sensível às restrições.
"O temor é que com a escalada provocada pela variante delta ocorra nova rodada de restrições, evitando que as empresas operem na normalidade acessando o consumidor diretamente na venda física", explica.
Os fechamentos da economia no ano passado e neste ano traumatizaram a categoria. A pesquisa mostra que 45,5% dos empresários precisaram manter seu estabelecimento fechado em decorrência das restrições.
Uma nova série de restrições atingiria em cheio um setor que tenta aos trancos e barrancos se recuperar. Entre os empresários que tiveram que fechar as portas, 81,8% ainda sofrem com os impactos da crise sanitária, com destaque para fatores como a queda na receita (93,9%), o acúmulo de estoque (33,1%) e a perda de funcionários (24,3%).
Mesmo diante da reabertura do comércio, 51,8% consideram que o fluxo de clientes não retornou ao nível pré-pandemia. Além disso, 61,8% entendem que o fluxo também não retornou ao esperado. Para driblar a crise, 53,5% precisaram conter os gastos para manter as atividades. Entre as medidas adotadas estão a redução dos pedidos de estoque (43,75), a negociação de contratos (17,1%) e o corte no quadro de funcionários (3,3%).
A solução para a ansiedade no setor está no controle completo da pandemia no Estado, avalia Guilherme. "Os protocolos já estão muito bem ponderados então cabe ao consumidor e aos empresários continuarem seguindo esses protocolos, como a utilização de máscara e álcool em gel, respeitando o limite do número de clientes dentro dos estabelecimentos. E, é claro, a campanha de imunização é fundamental".
Perigo real.
Atuando na linha de frente do tratamento da Covid-19, o cardiologista Augusto César Vilela, explica que o número de internações por causa da doença diminuiu, mas destaca que nos próximos meses, caso a vacinação não avance, uma nova onda de infecções pelo coronavírus pode ocorrer no país.
"O que os estudos mostram é que a delta tem um potencial maior de transmissão em relação às demais. E as vacinas de hoje, ao longo do tempo, vão caindo em resposta de defesa ao organismo. Por isso está sendo levantada uma terceira dose, para aumentar o potencial de imunização. O que os estudos mostram é que, entre abril e setembro de 2022, há o risco de uma nova onda de Covid, principalmente pela delta, caso não haja uma vacinação contendo essa mutação", diz.
O especialista ressalta que a vacina é eficaz e as medidas de prevenção devem ser mantidas. "A pandemia ainda não acabou. O que a gente vê nos hospitais é a redução significativa dos números, o que mostra que a vacinação é eficaz, mas a forma de a gente poder sair da pandemia é o uso de máscara e evitar aglomeração".
Minas Gerais já identificou 174 casos de infecção pela variante delta do coronavírus, informa o Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG)
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Na linha de frente do combate à pandemia, o cardiologista Augusto César Vilela diz que é visível a redução das internações, mas ressalta que a vacinação é fundamental para que nos próximos meses não ocorra um novo crescimento do número de infecções, principalmente pela delta.
O economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, diz que o comércio de bens e serviços depende essencialmente do contato físico com os clientes, o que torna o setor sensível às restrições.
"O temor é que com a escalada provocada pela variante delta ocorra nova rodada de restrições, evitando que as empresas operem na normalidade acessando o consumidor diretamente na venda física", explica.
Os fechamentos da economia no ano passado e neste ano traumatizaram a categoria. A pesquisa mostra que 45,5% dos empresários precisaram manter seu estabelecimento fechado em decorrência das restrições.
Uma nova série de restrições atingiria em cheio um setor que tenta aos trancos e barrancos se recuperar. Entre os empresários que tiveram que fechar as portas, 81,8% ainda sofrem com os impactos da crise sanitária, com destaque para fatores como a queda na receita (93,9%), o acúmulo de estoque (33,1%) e a perda de funcionários (24,3%).
Mesmo diante da reabertura do comércio, 51,8% consideram que o fluxo de clientes não retornou ao nível pré-pandemia. Além disso, 61,8% entendem que o fluxo também não retornou ao esperado. Para driblar a crise, 53,5% precisaram conter os gastos para manter as atividades. Entre as medidas adotadas estão a redução dos pedidos de estoque (43,75), a negociação de contratos (17,1%) e o corte no quadro de funcionários (3,3%).
A solução para a ansiedade no setor está no controle completo da pandemia no Estado, avalia Guilherme. "Os protocolos já estão muito bem ponderados então cabe ao consumidor e aos empresários continuarem seguindo esses protocolos, como a utilização de máscara e álcool em gel, respeitando o limite do número de clientes dentro dos estabelecimentos. E, é claro, a campanha de imunização é fundamental".
Perigo real.
Atuando na linha de frente do tratamento da Covid-19, o cardiologista Augusto César Vilela, explica que o número de internações por causa da doença diminuiu, mas destaca que nos próximos meses, caso a vacinação não avance, uma nova onda de infecções pelo coronavírus pode ocorrer no país.
"O que os estudos mostram é que a delta tem um potencial maior de transmissão em relação às demais. E as vacinas de hoje, ao longo do tempo, vão caindo em resposta de defesa ao organismo. Por isso está sendo levantada uma terceira dose, para aumentar o potencial de imunização. O que os estudos mostram é que, entre abril e setembro de 2022, há o risco de uma nova onda de Covid, principalmente pela delta, caso não haja uma vacinação contendo essa mutação", diz.
O especialista ressalta que a vacina é eficaz e as medidas de prevenção devem ser mantidas. "A pandemia ainda não acabou. O que a gente vê nos hospitais é a redução significativa dos números, o que mostra que a vacinação é eficaz, mas a forma de a gente poder sair da pandemia é o uso de máscara e evitar aglomeração".
Minas Gerais já identificou 174 casos de infecção pela variante delta do coronavírus, informa o Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG)