O prefeito Alexandre Kalil determinou o retorno da Guarda Municipal às ruas de Belo Horizonte a partir de amanhã, terça-feira (17). O encontro na sede da PBH durou quase duas horas. Os guardas recuaram na proposta de 20% e aceitaram os 7,2% propostos para todos os servidores. O reajuste será em duas parcelas, em dezembro e janeiro. 


No entanto, o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindbel), Israel Arimar de Moura, afirmou que a decisão será avaliada em reunião às 16h com toda categoria na sede da guarda.  "A partir de amanhã, a Guarda retoma suas atividades com força total", afirma o secretário de segurança, Genilson Zeferino. O secretário destacou que a manifestação é legal, mas a greve não é permitida. "A geve é vedada a quem integra a política de segurança pública", afirma. 
 
A proposta prevê reajuste de 7,2%. Em fevereiro, as negociações entre a prefeitura e a categoria devem seguir para incorporação dos penduricalhos, como o adicional de risco.Um dia depois dr Kalil ter determinado o aquartelamento da Guarda Municipal, 11 agentes foram afastados por participação nas manifestações. 


O comandante geral da Guarda Municipal, Rodrigo Prates, afirmou que o diálogo permanece e que a situação dos guardas que foram afastados por participar de manifestações será avaliada. "A população não precisa se preocupar em relação à vocação da guarda. Belo Horizonte tem mostrado o controle da segurança pública em suas mãos", diz. 
 
Israel afirmou que está em discussão o papel da guarda, como força de polícia ou guarda patrimonial. O sindicalista disse que ficou acordado que o prefeito manterá o projeto de lei que está na Câmara Municipal, que prevê o reajuste de 7,2%.


No entanto, ele lembra que é necessária uma discussão com a categoria da pauta específica, sobre a incorporação do adicional de risco e da gratificação por dedicação exclusiva. Segundo ele, o adicional corresponde a 40% da remuneração dos guardas municipais, mas não é parte do salário. A gratificação é de R$ 340 a R$ 400. "Quando o guarda fica afastado ou de férias, só recebe 50% da remuneração. Eles não recebem os penduricalhos durante afastamento", diz. 


Ele lembra que os guardas municipais podem se manifestar, mas não podem fazer greve. "Precisamos que o processo de diálogo dos guardas e da administração resultem em situação que os guardas continuem trabalhando motivados. O fato de não poder ter greve não significa que você tem uma guarda desmotivada se o processo de diálogo não estivem bem implementado com a administração", argumentou.